O FÓSFORO NO METABOLISMO HUMANO
(Frank Katch)
Do grego phosphoros, “portador de luz", elemento químico representativo de símbolo P. É um não-metal sólido, situado no 3° período da família 15 (5A) da Tabela Periódica. É usado na fabricação de fogos de artifício, fósforos de segurança, adubos químicos, artigos de limpeza, cremes dentais, artigos bélicos e cerâmicas.
É o segundo metal mais abundante no organismo humano, sendo que 80% está na forma de cristais de fosfato de cálcio e de magnésio nos ossos e nos dentes, o restante é metabolicamente ativo e distribuído pelos líquidos corporais. Aparece sob três formas: inorgânica (H2PO42-, HPO4-, 10%), ligados a proteínas (10%) e complexados com o cálcio e o magnésio (80%). É absorvido no intestino delgado na forma de fósforo inorgânico.
Além de sua importante função e de se combinar com o cálcio para propiciar rigidez aos ossos e dentes, é um componente essencial do ATP e do CP (trifosfato de adenosina e fosfato de creatina), componentes altamente energéticos que fornecem energia ao trabalho biológico. O fósforo se une aos lipídios para formar fosfolipídios, elementos essenciais das membranas celulares. Adquire, dessa forma, uma importância fundamental na estrutura do DNA e do RNA. O nucleotídeo da molécula do DNA consiste em um grupo de fosfato (o mesmo fosfato que faz parte dos fosfatos altamente energéticos), uma base nitrogenada e uma molécula de glicídio com cinco átomos de carbono. O fósforo também participa na eliminação dos produtos ácidos finais, provenientes do metabolismo energético; nos rins, os íons de hidrogênio são segregados com auxílio do fósforo, auxiliando, assim, o controle do pH. Este mineral está envolvido também no metabolismo energético de proteínas, lipídios e carboidratos, e no controle das funções nervosas e musculares.
O fósforo é excretado por via renal na urina, sendo este processo regulado pelos hormônios da paratireóide, pelas concentrações plasmáticas e pelo uso de diuréticos.
A deficiência em fósforo causa redução nos níveis de ATP, além de anormalidades musculares, esqueléticas, hematológicas e renais. Entretanto, como é amplamente distribuído nos alimentos, dificilmente ocorre a sua deficiência no organismo.
Os produtos de origem animal são considerados fontes superiores de fósforo. Este elemento está presente nos cereais sob a forma de ácido fítico, o qual é rapidamente catabolizado pela enzima fitase, que libera o fosfato deste ácido. Os mamíferos, contudo, não possuem esta enzima. Assim, o fósforo, sob a forma de fosfato de sódio (fonte animal), é absorvido cerca de duas vezes mais rapidamente do que o fosfato associado ao ácido fítico, encontrado nos cereais e nos produtos à base de soja. Resumidamente, as principais fontes de fósforo são: mingaus de farelo e de granola, alimentos feitos com fermento em pó e farinha de trigo integral, queijos, amêndoa, fígado, leite integral e em pó e peixe. Cada grama de leite desnatado a 1 e 2% e de iogurte natural contém menos da metade de fósforo na mesma quantidade de peixe cozido.
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