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A Máscara da Morte Escarlate
(Tradução de Glória Athanázio e Karla de Barros Leite do conto de Edgar Allan Poe)

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A morte escarlate há tempos devastava o país. Nenhuma peste havia sido tão fatal, ou tão hedionda. Sangue era seu Avatar e seu selo – a loucura e o horror do sangue. Próspero era um príncipe feliz, destemido e sagaz. Quando a população de seus domínios foi reduzida à metade, convocou à sua presença um milhar de saudáveis e despreocupados amigos entre os cavaleiros e damas de sua corte, e com estes retirou-se à total solidão de um dos seus mosteiros fortificados... Aconteceu que, enquanto os carrilhões do relógio ainda tocavam, observou-se que os mais excitados empalideceram e os mais velhos e calmos passavam a mão na sobrancelha, como que em um confuso devaneio ou em meditação.
E, quando os ecos tinham cessado totalmente, ao mesmo tempo um rasgo de alegria tomou conta do grupo; os músicos se entreolharam e sorriram, como que de seu próprio nervosismo e insensatez e, sussurravam prometendo uns aos outros que o próximo badalar do relógio não produziria neles nenhuma emoção semelhante... Sua veste estava respingada de sangue, e sua máscara exagerada, com todos os traços de seu rosto, estava salpicada com o horror escarlate.
Quando os olhos do Príncipe Próspero caíram sobre esta imagem espectral, (que, com um movimento lento e solene, como que para mais plenamente sustentar seu papel, andava para lá e para cá, entre os dançarinos), num primeiro momento, podia-se ver que ficou estarrecido, e teve um forte estremecimento de terror ou repulsa; mas a seguir, a sua fronte ficou vermelha de raiva...

Leia o conto em Retorno Imperfeito
http://coisaegente.blogspot.com/2009/08/mascara-da-morte-escarlate.html

Edgar Allan Poe escritor, poeta, crítico literário e editor é um dos precursores da literatura de ficcção científica e fantástica modernas. Algumas das suas novelas, como Os Crimes da Rua Morgue, A Carta Roubada e O Mistério de Maria Roget figuram entre as primeiras obras reconhecidas como como do gênero policial.
Poe usa uma espécie de terror psicológico em suas obras, seus personagens oscilam entre a lucidez e a loucura, quase sempre cometendo atos infames ou sofrendo de alguma doença, os contos sempre narrados na primeira pessoa.

A sua colecção Tales of the Grotesque and Arabesque traduzida para o francês por Baudelaire como "Histoires Extraordinaires" e para o português como Histórias Extraordinárias é apontada como um marco da literatura estadunidense.
As obras mais conhecidas de Poe são góticas, seus temas mais recorrentes lidam com questões da morte, incluindo sinais físicos dela, os efeitos da decomposição, interesses por reanimação dos mortos e o luto.
Além do horror, Poe também dedica-se à sátira e a contos de humor. Para efeito cômico, usa a ironia e a extravagância do rídiculo, muitas vezes na tentativa de liberar o leitor da conformidade cultural.
"Metzengerstein", a primeira história de horror que Poe publica, foi originalmente concebida como uma paródia satirizando o gênero popular.
A escrita de Poe reflete suas teorias literárias. Se opunha a trabalhos com significados óbvios, acusando-os de assim deixarem de ser arte. Ele acreditava que o trabalho de qualidade deveria ser breve e concentrar-se em um efeito específico e único. Pensava que o escritor devesse calcular cuidadosamente sentimentos e idéias.



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