o patinho feio
O presente escrito se propõe à análise nosográfica de “O patinho feio”, conto infantil de Hans Cristian Andersen, a fim de enquadra-lo nosograficamente. Faz-se uma releitura do texto a fim de se tentar fazer ligações de determinadas passagens da vida do personagem principal com diretrizes diagnósticas compatíveis com seu histórico.
Palavras-chave: “o patinho feio”, diretrizes diagnósticas, nosograficamente.
Abstract
This text intends to make a nosografic estudy of “The ugly duckling”, tale for child writed by Hans Cristian Andersen, to fit it in a nosografy. A review of the text is done trying to make link of determinated phases of the duckling with the criterious of diagnosis acording with its historic.
Keywords: “The ugly duckling”, criterious of diagnosis, nosografy
O “Patinho feio” é um conto de Hans Christian Andersen, poeta e novelista dinamarquês, conhecido na história como o maior escritor de contos infantis da literatura mundial. Foi autor de outros contos de fada como “A roupanova do imperador” e “O soldadinho de chumbo”. Diz-se que o conto foi baseado em sua própria infância.
O Patinho Feio, no original "the Ugly Duckling"
O patinho é rejeitado pela família e por sua comunidade por não possuir os padrões de beleza da realidade a qual pertencia. Nascido em uma família com vários outros irmãos que eram considerados bonitos e com aptidões correspondentes ao que era exigido, não consegue satisfazer as expectativas nele lançadas. Sua mãe, dona pata, é mãe solteira. Somando-se a isso seu processo de nascimento se dá de forma complicada sendo esses dois fatores estressores a serem somados ao contexto onde é recebido.
Desde o começo é diferente: “um patinho muito grande e simplesmente feio”. Nesse ínterim o filho “ideal” dá lugar ao filho “real”, que pode e geralmente é bem diferente do filho sonhado.Há então um choque com a realidade e a quebra da imagem idealizada do filho, ferindo o narcisismo materno. A respeito da expectativa parental, Nasio citando Freud nos traz que o amor dos pais pelos filhos levaria a uma reprodução do narcisismo dos pais que “atribuem ao filho todas as perfeições e projetam nele todos os sonhos a que eles mesmos tiveram que renunciar... O narcisismo primário representa, de certa forma, uma espécie de onipotência que se cria no encontro entre o narcisismo nascente do bebê e o narcisismo renascente dos pais” (1997, p.49).
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