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Símbolos Medievais I
(Dennys Girardi)

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Símbolo é tudo aquilo que, como expressa a semântica da palavra, “traz para junto”, tudo que aproxima uma realidade de outra por meio de um objeto. No medievo o uso do símbolo era muito freqüente, estava presente na vida ordinária de todos. A realidade simbólica podia ser contemplada nas igrejas, nas praças, nas ruas, enfim em todos os ambientes. A realidade dos símbolos acontecia tanto na civil como na religiosa.
Os símbolos representavam o que ia além, não ficavam presos às simples figuras. Por ter a consciência deste ir além, o medieval buscava o significado de seus símbolos, num emprenho continuo de tentar encontrar o espírito que sustenta a realidade. O medieval estava sempre empenhado em decifrar.
Entendemos porque cada família tinha um brasão, cada nação tinha uma bandeira, cada grupo tinha veste que o distinguia, não para parecer melhor que outrem, mas pelo que transcendia a imagem. Cada movimento, grupo ou autoridade, tinha um símbolo forte de representação.
Para o medieval nada estava preso ao visual. Hoje, é comum ficarmos nas aparências e decidirmos a partir delas. Por isso, o moderno não é valorizado pelo que ele é, mas pelo que aparenta ser. Enquanto que na Idade Media cada um simplesmente se apresentava como era. Não havia a mediocridade de hoje, cada um era inteiro em seus empreendimentos.
Naquela época surgem os grandes romances e livros lendários que se constituem num grande jogo de símbolos, surgem os estandartes, as Igrejas decoradas com diversos afrescos, aparecem as imagens, criam-se novos estilos musicais, num movimento que levava o homem a auto-compreensão, ao entendimento de sua condição. As cerimônias, repletas de símbolos, tinha a finalidade de conduzir, serviam de canais para o encontro do homem com a divindade.
A palavra estava entre os símbolos mais sagrados. No sacramento da palavra dita encontramos o maior exemplo da unidade do homem, pois um medieval jamais poderia voltar atrás. Não havia documentos nem contratos, bastava uma afirmação e o pacto estava selado. As palavras traziam todo o seu valor transcendente. Atualmente usamos constantemente as palavras sem ao menos saber realmente o significam, as palavras são simplesmente uma comunicação verbal e não uma comunicação espiritual, onde divindade e homem falam. Quando o medieval falava, era a divindade que se comunicava.
No medievo, o símbolo era o que representava, não levava para, mas era o evocado por ele. Ao se deparar com uma bandeira ou um brasão, o homem agia como se tivesse encontrado com o representado pelo símbolo. Aquele brasão não representava o rei, mas evocava a presença dele, é como se o próprio rei estivesse ali. Também nos símbolos cristãos, como a cruz, não se tratava de uma imagem, mas sim da presença do absoluto.
A religião tem boa parte de suas bases no tempo medieval, por isso o culto é permeado de símbolos. Até pouco tempo a igreja mantinha muitos outros símbolos, nascidos no contexto que tratamos. Porém, com o passar dos anos viu-se a decadência desta espiritualidade, os símbolos tornaram-se sem efeito. Destarte, houve a necessidade de rever fórmulas, imagens, textos, enfim rever a liturgia, pois a mística atual não estava caminhando junto com a medieval.
Vivemos um momento em que a espiritualidade se encontra vazia, os símbolos não falam mais e temos a necessidade de explica-los. A realidade simbólica deve falar por si, cabe a cada um desvendar a mensagem dos símbolos. Porém, somente quem se encontra em comunhão com o sentido originário é capaz de desvendar ou apresentar novos símbolos de impacto para história ou para a vida humana.Símbolo é tudo aquilo que, como expressa a semântica da palavra, “traz para junto”, tudo que aproxima uma realidade de outra por meio de um objeto. No medievo o uso do símbolo era muito freqüente, estava presente na vida ordinária de todos. A realidade simbólica podia ser contemplada nas igrejas, nas praças, nas ruas, enfim em todos os ambientes. A realidade dos símbolos acontecia tanto na civil como na religiosa.



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