Símbolos Medievais II
(Dennys Girardi)
A palavra estava entre os símbolos mais sagrados. No sacramento da palavra dita encontramos o maior exemplo da unidade do homem, pois um medieval jamais poderia voltar atrás. Não havia documentos nem contratos, bastava uma afirmação e o pacto estava selado. As palavras traziam todo o seu valor transcendente. Atualmente usamos constantemente as palavras sem ao menos saber realmente o significam, as palavras são simplesmente uma comunicação verbal e não uma comunicação espiritual, onde divindade e homem falam. Quando o medieval falava, era a divindade que se comunicava.
No medievo, o símbolo era o que representava, não levava para, mas era o evocado por ele. Ao se deparar com uma bandeira ou um brasão, o homem agia como se tivesse encontrado com o representado pelo símbolo. Aquele brasão não representava o rei, mas evocava a presença dele, é como se o próprio rei estivesse ali. Também nos símbolos cristãos, como a cruz, não se tratava de uma imagem, mas sim da presença do absoluto.
A religião tem boa parte de suas bases no tempo medieval, por isso o culto é permeado de símbolos. Até pouco tempo a igreja mantinha muitos outros símbolos, nascidos no contexto que tratamos. Porém, com o passar dos anos viu-se a decadência desta espiritualidade, os símbolos tornaram-se sem efeito. Destarte, houve a necessidade de rever fórmulas, imagens, textos, enfim rever a liturgia, pois a mística atual não estava caminhando junto com a medieval.
Vivemos um momento em que a espiritualidade se encontra vazia, os símbolos não falam mais e temos a necessidade de explica-los. A realidade simbólica deve falar por si, cabe a cada um desvendar a mensagem dos símbolos. Porém, somente quem se encontra em comunhão com o sentido originário é capaz de desvendar ou apresentar novos símbolos de impacto para história ou para a vida humana.A palavra estava entre os símbolos mais sagrados. No sacramento da palavra dita encontramos o maior exemplo da unidade do homem, pois um medieval jamais poderia voltar atrás. Não havia documentos nem contratos, bastava uma afirmação e o pacto estava selado. As palavras traziam todo o seu valor transcendente. Atualmente usamos constantemente as palavras sem ao menos saber realmente o significam, as palavras são simplesmente uma comunicação verbal e não uma comunicação espiritual, onde divindade e homem falam. Quando o medieval falava, era a divindade que se comunicava.
No medievo, o símbolo era o que representava, não levava para, mas era o evocado por ele. Ao se deparar com uma bandeira ou um brasão, o homem agia como se tivesse encontrado com o representado pelo símbolo. Aquele brasão não representava o rei, mas evocava a presença dele, é como se o próprio rei estivesse ali. Também nos símbolos cristãos, como a cruz, não se tratava de uma imagem, mas sim da presença do absoluto.
A religião tem boa parte de suas bases no tempo medieval, por isso o culto é permeado de símbolos. Até pouco tempo a igreja mantinha muitos outros símbolos, nascidos no contexto que tratamos. Porém, com o passar dos anos viu-se a decadência desta espiritualidade, os símbolos tornaram-se sem efeito. Destarte, houve a necessidade de rever fórmulas, imagens, textos, enfim rever a liturgia, pois a mística atual não estava caminhando junto com a medieval.
Vivemos um momento em que a espiritualidade se encontra vazia, os símbolos não falam mais e temos a necessidade de explica-los. A realidade simbólica deve falar por si, cabe a cada um desvendar a mensagem dos símbolos. Porém, somente quem se encontra em comunhão com o sentido originário é capaz de desvendar ou apresentar novos símbolos de impacto para história ou para a vida humana.
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