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12 homens e uma sentença
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Estréia: 13/4/1957 (Original)        30/4/1957 (Brasil).

12 homens e uma sentença
 
O filme conta a história de um garoto de 18 anos que está sendo julgado por ter assassinado, com 9 facadas, o pai depois de uma briga.
A primeira seqüência do filme dá sua estrutura básica: A juíza dirige-se aos jurados, dizendo que a decisão deles deverá ser unânime e poderá mandar uma pessoa para a morte e que não invejava a missão dos mesmos.
O filme é realizado em um único ambiente, ou seja uma sala fechada, com exceção das cenas do banheiro. A discussão é realizada durante algumas horas, de uma sexta-feira à tarde, bastante quente. O réu, um rapaz mexicano, é acusado de ter matado o pai, a facadas, 3 meses antes.
Os jurados são todos homens, sendo 4 negros e 8 brancos. Dentre eles estão 4 pessoas idosas (1 negro e 3 brancos; 8 jovens – 3 negros e 5 brancos).
Os jurados entram na sala, destinada ao debate, com uma posição já tomada, considerando o réu culpado. Esperam apenas cumprir as formalidades necessárias e ir embora para as suas ocupações. Estão no princípio da tarde. No entanto, o jurado número 8 não está convicto da culpa do réu e vota por sua absolvição. Essa posição quebra a unanimidade necessária para condenar o rapaz. Com isso o debate se instaura entre os doze jurados. Esse homem (representado por Henry Fonda) não está convencido da culpa, mas também não tem certeza da inocência. Isto faz com que tenha dúvidas em sua escolha, pois está lidando com a vida de um jovem de dezoito anos, que poderá morrer se ele fizer a escolha errada.
Interessante notar, que durante todo o filme, os jurados não têm nome. Quando há a necessidade de uma referência direta, são chamados pelo número de ordem: jurado número 1, jurado número 2, etc.
Questionado pelos demais jurados sobre a escolha de inocente para o réu, esse jurado começa a explicar quais são os pontos duvidosos, que o impedem de tomar a decisão fatal. A argumentação é de tal maneira lógica e convincente, que começa a abalar a certeza dos demais jurados.
A partir daí, outros pontos começam a ser levantados pelos demais jurados, que então visualizam inúmeras falhas de argumentação do advogado de defesa e da promotoria. Esse processo, todo, expõe as posições de cada um dos jurados, uma vez que o grupo não aceita as argumentações sem uma justificativa lógica.
O trabalho inicial do jurado, que duvida do que foi exposto durante o julgamento, é como o desenrolar de um novelo de lã, que mostra outros pontos duvidosos. Note-se, que em nenhum momento, o personagem de Henry Fonda diz que o réu é inocente, apenas que pode não ser culpado.
As convicções iniciais vão mudando de culpado para inocente, ou não culpado à medida que os pontos duvidosos vão surgindo e sendo discutidos. Com isso, a posição de cada jurado vai se definindo e as características de personalidade vão se desvendando, ou seja, cada um vai mostrando a verdadeira face, até mesmo os fortes preconceitos, que estavam direcionando a decisão original, tomada inconscientemente com base nos medos, falhas de caráter e preconceitos, leviandade e egoísmo para com o destino do réu. O que eles queriam, era cumprir o mais rápido possível a obrigação de julgar o rapaz.
O filme nos é apresentado em um ambiente claustrofóbico (o ambiente é opressivo, quente, com o ar condicionado não funcionando), no qual todos os jurados estavam de certa forma, presos e não poderiam sair enquanto não decidissem a sentença. Até mesmo as tentativas de abreviar a decisão foram rechaçadas pelos próprios jurados, obrigando a todos a tomarem decisões pensadas e conscientes.
Quem estava de paletó não o tira. Dois dos personagens não suam, a despeito do calor. No meio da história, uma chuva começa a cair, contribuindo para aumentar a opressão sobre os personagens, enquanto a tensão entre eles vai crescendo, provocando discussões acaloradas, quase levando-os a partir para a agressão física, e quase exigindo a intervenção do policial, que tomava conta da sala, pelo lado de fora.
À medida que a situação começa a se delinear melhor, o ar-condicionado começa a funcionar, aliviando um pouco a tensão.
Henry Fonda cumpre sua obrigação moral de ajudar aos demais a tomarem uma decisão responsável e racional, baseada em fatos concretos. Com isso, a vida do rapaz é poupada, tendo o grupo de jurados considerado, o rapaz inocente.
Interessante notar, que o termo em inglês (not guilty), não considera o réu inocente, apenas "não culpado". A penúltima votação que os jurados fazem, termina com 2 votos para culpado e 10 votos para não culpado.
O negro, dono dos três lava-rápidos e um ex-islâmico, acaba expondo o seu forte preconceito contra os latinos, mas vendo que isso não interessava aos demais jurados, muda a sua decisão para não culpado.O velho que não via o filho há muito tempo, é o único que mantém a decisão de culpado, mas quando o senhor arquiteto lhe mostra, que através da condenação do rapaz mexicano está procurando condenar o filho, ele aos prantos muda a sua decisão para não culpado.
O filme termina com os doze jurados dando o veredicto de inocente para o réu.



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