Trocar ou reciclar?
(Francisco Marques)
Ao longo de muitos anos na área industrial passa-se por várias situações, em algumas a liderança é incluida em outras é apenas observador, afinal aprende-se mais com os erros e acertos dos outros do que com os erros próprios, as pessoas têm dificuldade em aceitar seus próprios erros. Lidando com pessoas durante muito tempo no ambiente corporativo tem-se a oportunidade de ver as ações de vários gestores com respeito ao trato com colaboradores, uma dessas ações vou colocar aqui com minhas próprias impressões à respeito.
Vi que alguns gestores ao assumir a direção (gerência, supervisão e outros) de departamentos, principalmente nas organizações onde atuei, tinham a tendência de trazer colaboradores de suas equipes anteriores para cargos de sua confiança, e realmente o faziam, gerando em sua nova equipe uma desmotivação generalizada, diminuindo o moral e tornando o feedback às suas ações mais demorado.
Pessoalmente vejo nesse recurso apenas um ponto positivo e talvez apenas psicológico que é o fato de se sentir seguro por ter colocado pessoas de sua confiança em funções estratégicas, porém se o gestor tenta se proteger de vícios da nova equipe não pode esquecer que os colaboradores da antiga equipe também os podem ter, o tempo de adaptação com as novas atividades caso o nicho seja diferente, pessoas oriundas do setor eletro-eletrônico para o de duas rodas, por exemplo, também é um complicador além do mal estar gerado na nova equipe pelo fato de estarem entrando pessoas de fora para ocupar funções que estes acreditam ser capazes de assumir.
Penso que o gestor tem que agir como um coach, primeiro avaliar os objetivos de sua própria contratação, as competências de sua nova equipe e as metas a serem atingidas, precisa ter a sensibilidade de entender que não existe primeiro sem segundo e que não existe líder sem liderados, e partindo dessas reflexões agir para melhorias contínuas em sua equipe através de treinamentos, se necessário e reuniões com o grupo para reiterar o que se deseja deles, a importância dos mesmos na organização e para a realização das metas e objetivos propostos, também é necessário ressaltar que o colaborador espera algum retorno da organização e deve-se ter o cuidado de não se fazer promessas que não se possa cumprir.
Claro que isso não é uma receita, cada caso é um caso com suas especificidades, pode ser necessário desligar algum elemento que não consegue se encaixar na nova forma de gestão, contratar algum elemento com algumas competências que não estejam presentes em algum membro da nova equipe, porém acredito que dessa forma gera-se um desequilíbrio muito menor no grupo e consegue-se um comprometimento maior da equipe.
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