As iscas e, os ardis do engodo, estão por todos os lugares ao nosso derredor e/ou, longínquos, com as suas arestas agudas a nos alfinetar, em todos os momentos, da nossa vigília existencial.
Os estratagemas astuciosos nos abordam, diuturnamente, os sentidos e, a nossa mente, com ofertas mirabolantes, porém, ilusórias em sua maioria enganosa e falsa, vindas de mercenários iludentes na tocaia dos nossos bens materiais e, até pessoais, para, logo sejam aceitos, nos atolar num lodaçal de dívidas financeiras e, decaída da nossa moral, atém então, lídima!
Com o inexorável passar dos anos, Esse aliciamento passou de sedução para o arrastar pára eles, nos persuadindo a seguí-los, porém, às nossas custas e sofrimentos ilógicos e, ilidimos! Em razão de a oferta nos feita vir mascarada com falsas vantagens astuciosas.
Já, de muito tempo, o Ser Humano deixou de se satisfazer com o que possui para a sua subsistência e, a dos seus, passando, quase sempre, a almejar bens e posses além das suas, numa voragem de procura incessante, com isso, a cada objeto adquirido, está sempre querendo mais, sem refutar, rebatendo, tal procura! Por isso, NUNCA ESTÁ SATISFEITO COM O QUE CONSEGUIU! Se tornando vítima dos engodos ilusórios e, tornando mais ricos aos iludentes!
Quem tem mais sofrido com essas intemperanças é a chamada classe média, pois, Os Ricos podem se desfazer de parte dos seus bens nas compras que, mesmo assim, estarão estáveis e, os Pobres, nada tendo, não podem se iludir no abocanhar de valores externos.
RESUMINDO:
Não estou, com esse texto, contrário ao comércio de ofertas em geral e, sim, refutando a participação Nele de quem não pode e, não deve, se intensificar em adquirir o que não precise e, pior! Não possa pagar! Sem se prejudicar e, aos seus dependentes!
A, continuar como as coisas vêm acontecendo, em pouco tempo, haverá o desaparecimento da classe mediana, só ficando os Ricos e... Os Pobres!
A SEGUIR, UM POEMA DA MINHA AUTORIA:
A JORNADA
Perdido na noite impura
Sem itinerário definido,
Vagueia a rota criatura
Paria da vida... Desiludo!
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Têm calçadas por passarela,
Latões de lixo como baliza.
Portais/camarotes, seqüela!
Pôr aplausos, apenas à brisa!
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A cada esquina vencida
Arqueiam os seus ombros,
Os pés vacilam na subida
Ao fugir dos escombros.
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Para ante o néon.... Absorto!
Igual uma mariposa vencida.
Nas casas, o máximo conforto,
Nele... Um arremedo de vida!
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Encosta-se na parede quente,
Nádegas no piso úmido/gelado:
Sauna funesta e inclemente,
A dizimar o âmago do coitado.
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Somos de deus o retrato
Com reflexo... Positivo!
O homem, em voragem,
Faz do mísero... Negativo!
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Sofre a carne do abandonado
Dilacerada na escada da vida,
Chegando ao patamar arrasado
Pêlos percalços da vã subida!
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Porém, esgotada a natureza,
Da vil matéria lhe doada,
O espírito reluz com realeza
Liberto da casca da jornada.
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O afortunado da matéria
Terá dívida... Acumulada,
Por dizimar a miséria
Sobre irmão de jornada!
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Sebastião Antônio BARACHO.
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