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O QUE É ÉTICA
(Álvaro Walls)

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A ética estuda a própria vida, os costumes e ações humanas. É uma ciência normativa, que estuda as normas de comportamento. Não é fácil definir exatamente a ética, já que o comportamento, os costumes e as ações humanas, mudam de cultura para cultura. A ética depende também do momento histórico que cada civilização está vivenciando. A ética deveria explicar as variações de comportamento, as características de diferentes formações culturais e históricas.
O grego antigo Sócrates (470-399 a.C.) não baseava a moral apenas nos costumes do povo e de seus ancestrais, mas sim na convicção pessoal. Para Kant a ética depende da igualdade entre as pessoas, a ética teria uma validade universal e o seu centro se basearia no dever ou obrigação moral dos indivíduos e a necessidade de liberdade. Assim a igualdade entre os homens proporcionaria o desenvolvimento de uma ética universal; para Kant os fatores externos ao individuo eram irrelevantes (leis positivas, costumes, tradições), seus críticos diziam ser impossível ignorar a história, as tradições éticas de um povo sem abstração. Kant formulou o conceito de imperativo categórico para explicar tal conduta racionalista, onde o individuo deve proceder sempre de maneira que ele possa querer também que a sua própria máxima se torne uma lei universal.
Entre os anos 500 e 300 a.C., surgiram muitas idéias e muitas definições e teorias que nos acompanham até os dias atuais. Esses estudos baseavam se no princípio absoluto de conduta buscado pela pesquisa da natureza do bem moral. Todos os homens buscam pela felicidade, assim essa era a maior preocupação ética.
Para Platão, discípulo de Sócrates, os homens procuram o sumo bem, que é a virtude, a harmonia, a medida e a proporção individual e social. As virtudes para Platão se refeririam à justiça, prudência ou sabedoria, fortaleza ou valor e a temperança. A ética Platônica parte então da idéia do sumo bem, da vida divina, da equivalência de contemplação filosófica e virtude, e da virtude como ordem a harmonia universal.
Aristóteles defende que a felicidade humana depende de certo conjunto de bens, de acordo com a respectiva natureza estará o seu bem ou o que é bom para ele, quanto mais complexo for o ser mais complexo é o respectivo bem, e esse bem tem varias classes. O homem para Aristóteles tem seu valor no viver, no sentir e na razão, precisa viver racionalmente.
Nessa época o estudo mais elevado é o da teologia, onde o objeto de estudo é Deus. Na ética a Eudemo, o objetivo ou finalidade da vida humana é o culto e a contemplação do divino; na ética a Nicômaco o prazer não é um bem absoluto, mas também não é um mal.
Os gregos antigos a religião era bastante naturalista e eles criaram doutrinas práticas que procuravam orientar a ação dos indivíduos para uma vida voltada para o bem, a virtude e harmonia com a natureza. A partir da religião começava então a construção dos termos ética e moral, que visavam a fraternidade universal pelo amor.
A tendência moderna busca unir essa ética religiosa a uma reflexão filosófica, são varias as linhas de pensamento sobre a ética a partir da religião; o determinismo que ignora a liberdade humana como sendo uma ilusão; o racionalismo que procura deduzir da natureza humana as formas corretas da ação moral, numa linha kantiana que procura formas de procedimento prático que possam ser universalizáveis, para que os princípios seguidos por uns pudessem ser seguidos por todos; o utilitarismo que deixa de lado as questões teóricas de fundo, buscando os resultados práticos, imediatos; o capitalismo onde a utilidade e a vantagem particular são exaltadas com a busca do prazer terreno, a partir do sucesso pessoal no mundo. O positivismo lógico que ignora as questões fundamentais, dedicado a pesquisar as formas da linguagem moral, onde o sujeito se esquece que tem que decidir eticamente sobre suas ações, e que não pode passar a vida toda somente estudando a linguagem da ética, sem viver eticamente.
A religião então faria dos homens iguais, buscando na mesma fé uma linguagem comum.
Com o Renascimento e o Iluminismo (século XV e XVIII) o ideal ético, a partir, da burguesia consistia nas idéias de liberdade, para Kant o homem devia agir racionalmente ser autônomo, auto-determinado; o homem racional que age com a razão e sua liberdade igualdade e fraternidade; seria critério para a moralidade a autonomia individual.
Para Hegel, o ideal ético estava numa vida livre dentro de um Estado livre, um Estado de direito que preservasse os diretos dos homens e cobrassem deles seus deveres. 
Se a ação humana, como afirma o determinismo, são determinadas de fora para dentro, não há espaço para a liberdade, assim não há espaço para a ética. Uma das formas do determinismo, o fatalismo, diz que tudo que acontece, tinha que acontecer, a fatalidade então seria a responsável por nossos atos; assim não seriamos livres, dependeríamos da fatalidade ou do “destino”.
A liberdade segundo Marx é uma condição humana condicionada pelas possibilidades técnicas e pelas formações econômicas sociais. Essa liberdade para Kierkegaard gera certa angustia, já que o individuo experiência o poder de optar e de ter mesmo que optar, essa angustia é o reflexo psicológico da consciência da liberdade.
No século XX, o comportamento ético passou a ser analisado a partir de discursos críticos que buscava descobrir a hipocrisia e revelar o cinismo dos interesses econômicos, políticos e pessoais.



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