Memorias POSTUMAS
(H. Pereira da Silva)
Sobre o romance de Machado de Assis o Escritor H, Pereira da Silva ao fazer a apresentação de "MEMÓRIAS de BRÁS CUBAS" é taxativo na afirmação... Quando apareceu em volume depois de ter sido publicado em capitulos na "REVISTA BRASILEIRA", a critica saúdou-o de modo geral como um acontecimento ivulgar. Mas, como sempre sucede em tais circustâncias, esse reconhecimento seria empanado por uma voz que se levantaria contra o livro e por estensão atingiria toda a obra. Era sem a menor duvida a voz de Silvio Romero. Desta forma não era segredo para ninguem, que o autor, de "História da Literatura Brasileira" foi um adversario temperamental, exaltado de MACHADO DE ASSIS. Eneveva-o a aparente pacificidade pessoal e literária de quem tudo sofria sem estardalhaço; ao contrario Silvio Romero, era violento, agressivo, sanguineo, louro, não compreenderia a quietude do Autor. A surpreendente ascensão de Machado de Assis, em Memorias Postumas de Brás Cubas, não foi percebida por Silvio Romero, para ele o Romance não passava de uma espécie de Espiritismo Litérario, isto em nada empana os legados do autor para a posteridade quando se meteu na pele do defunto. A historia de Brás Cubas é muito mais do que a biografia de um desencarnado imaginário, é realmente a biografia do que ele gostaria de ser. Como Assim? Todos nós sonhamos com fatos e coisas que se dispersam involuntariamente, nem poderia ser diferente, o desejo de fuga que, vez por outra nos atormente, no autor era presença imaginaria de um espirito, talvez estivesse vivenciando todos os episódios de uma Autobiografia. Machado de Assis teve uma infancia de orfão pobre, vida sacrificada desde a adolecênte com trabalhos e estudos muito acima do que em regra são exigidos. Existe o trabalho literario de Walte Pitkin. " A Vida Começa aos Quarenta". Para machado de Assis é plenamente justificado, nem poderia ser de outra forma, o desejo de fuga que, vez ou outra lhe atormentava; enfronhando-se em suas personagens, viveria cada momento daquilo que imaginava está vivendo. Desta forma rompendo postulados, tradicionais e consagrados em rígido cânones, o aparecimento em 1881 das Memórias de um finado mais vivo dentro de seu tempo do que os mortos não enterrados; com ele começaria a demolição dos revolucionarios. Mortos, não apenas porque fecharam os olhos para o mundo que os viu nascer. Estão mortos literalmente. Batalharam e foram distinguidos. Más não deixaram um livro com força de BRAS CUBAS, revolucionario situemo-los , mas de ação, de participação ativa do que do estranho poder de ressuscitarem, fora de sua época a cada leitura, como Machado de Assis. Quais os elementos que fazem de Bras Cubas um romance atual? A resposta está no cerscente interesse dos leitores e nas sucessivas publicações dos seus incontaveis interpretes. Curioso salientar que as Memória de Bras Cubas, atravessam gerações despertando, em cada um de nós, as coisas do espiríto. O autor H. Pereira da Silva, em determinado momente sobre Memórias Postumas, faz uma dissertação ou, mais exatamente essas ponderações sôbre o sentido desta obra prima, terá cabimento a afirmativa de Silvio Romero em não lhe descobrir a menor significação? A Machado de Assis, não poderia faltar um negador de projeção mediocre. todavia a mim me parece que Machado de Assis, esquivando-se das diicussões polemicas, tenha revertido
na conclusão ou melhor, na interrogação.Quem poderá enterrar o defunto Bras Cubas?
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