Gênesis e o Cosmos: um quadro unificado?
(Mart de Groot)
Seria possível uma harmonização entre o modelo científico e o modelo bíblico sobre a origem do mundo natural inanimado?
Modelo Científico (Teoria do Big Bang):
De acordo com essa teoria, ao se formarem as estrelas, houve a produção de elementos químicos simples, a partir dos quais tudo o mais foi feito.
Mas a formação de estrelas e galáxias e a expansão cósmica como descrita por esse modelo, é um processo que exige valores muito precisos (uma parte em 1060). Tal precisão extremamente fina, exige considerar a existência de um Planejador que projetou todas as condições necessárias à vida humana.
A dificuldade com modelos científicos é que nele, todos os fenômenos ocorrem por causas naturais. Fica descartada a existência do Criador.
Modelo Bíblico:
A ciência não tem explicação para fenômenos como machados flutuando, milhares de pessoas alimentadas com cinco pães e dois peixes, mortos ressuscitando, uma virgem dando à luz.
Ainda que o modelo bíblico para a explicação do cosmos olhe para o modelo científico com reservas, fica claro que a descrição bíblica pode ser endossada pela ciência em vários aspectos.
No modelo bíblico, Deus rege a Criação: “No princípio criou Deus os céus e a Terra”. Criou a partir do nada toda a matéria no Universo, provendo a matéria-prima necessária às obras posteriores.
Em seu Método de Subtração, Gordon estabelece uma atividade criadora antes da semana da criação bíblica. Retrocedendo no tempo, do sexto ao primeiro dia, a Bíblia não deixa nenhuma informação sobre o que houve na véspera: como teria Deus criado o planeta Terra?
Quando Deus revela Seu poder criador ao patriarca Jó, Ele descreve uma Terra envolta em trevas devido a espessas nuvens: “Onde estavas tu quando eu lançava os fundamentos da Terra? (...) quando Eu lhes pus as nuvens por vestidura e a escuridão por fraldas?” (Jó 38:4 e 9)
Antes do primeiro dia, as nuvens eram tão espessas que havia escuridão na superfície da Terra. E Deus disse: “Haja luz”. As nuvens se dissiparam e a luz incidiu sobre a superfície da Terra. No quarto dia, as nuvens se dissiparam mais e os luminares se apresentaram na sua totalidade “Fez Deus os dois grandes luzeiros: o maior para governar o dia, e o menor para governar a noite: e fez também as estrelas” (Gen. 1:16).
Essa leitura contorna o problema da luz de estrelas distantes incidindo sobre a Terra, dentro do tempo de existência do Universo. Observe: não precisamos do argumento científico para crer que as estrelas foram criadas com luz, preenchendo o Universo.
A criação bíblica da Terra ocorrida há cerca de 6.000 anos, foi completada em seis dias literais e consecutivos de 24 horas. Mas para o tempo anterior, não há resposta efetiva. Nesse ponto, a Teoria do Big Bang tem algo a dizer: A origem do Universo teria ocorrido há cerca de 14 bilhões de anos, tempo em que Deus teria trabalhado Sua matéria prima para, com ela, fazer galáxias, estrelas, planetas.
Podemos formar um cenário: Deus trabalhou a matéria-prima das partículas elementares, os átomos simples de hidrogênio e hélio, nos primeiros três minutos do Big Bang. Quando o Universo completou 300.000 anos, Deus formou as galáxias e nelas as estrelas, autoclaves onde foram forjados elementos químicos complexos utilizados na formação da Terra.
O cenário exposto é somente uma possibilidade. Há muitas perguntas sem respostas. Essa é, portanto, a nossa melhor tentativa de harmonizar o conhecimento científico com a fé bíblica, contribuindo para formar um quadro unificado.
As conclusões científicas a partir da observação da natureza alteram-se radicalmente quando se usa um paradigma diferente. Mas Deus faz a diferença no Universo! Ele não é só o Criador, mas também o Mantenedor.
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