Resumo de Ame e dê vexame

Em Ame e dê vexame, Roberto Freire, médico, psicanalista, jornalista, escritor e terapeuta, procura ensinar-nos a não ter medo do ridículo, quando o assunto é amor e amar e ser amado. Neste ensaio, o autor procurou mostrar as dificuldades enfrentadas por todos aqueles que amam, em uma sociedade totalmente preocupada com posição social, consumo, dinheiro, etc. A partir de suas experiências e reflexões, Roberto Freire nos leva por um roteiro tranqüilo e muitas vezes bem humorado, para que sejamos gratificados constantemente pelo amor, apesar de vivermos em uma sociedade consumista, egoísta e exploradora. Na coletânea de textos sobre o maior dos sentimentos, o escritor explica-nos, de forma clara e objetiva, quais são as vantagens de se mergulhar de cabeça naquilo que poderá nos causar escândalo, em algum momento, ou seja, o amor. Porém, com o passar do tempo, entenderemos que esta é a única e grande conquista do ser humano. Roberto Freire defende um amor livre, que não cobre fidelidade ou exclusividade. O negócio é amar, entregar-se de corpo e alma, aproveitar tudo o que outro pode nos dar e ofertarmos tudo o que temos de melhor. Se acabar, acabou, fazer o quê! Nada de ficar com ciúmes, cobrando atenção total, lealdade, segurança. Devemos expor-nos, pagar micos por amar, mas nunca devemos sentir vergonha dessa exposição ou de nossos sentimentos.
Para o autor, “brincar e jogar” no amor é viver de verdade, por esta razão, na segunda parte de seu livro, nos presenteia com uma seleção de seus vexames mais interessantes acontecidos por amor e nos ensina a desfrutar o prazer de estarmos vivos e amar. Também acredita que o ideal é a pessoa ficar totalmente apaixonada pela outra que está, no momento, ao seu lado, enquanto este amor puder durar. O amor, segundo ele, deve ser sentido na pele e não no coração. Para Roberto Freire, nunca existiu e nunca existirá uma fórmula que seja mais revolucionária que o amor e somente, por este sentimento, devemos lutar e correr todos os riscos possíveis e impossíveis. O “Tesão,” segundo o autor, é um estado de espírito que ultrapassa puramente o sentido sexual, passando a significar qualquer acontecimento, situação, evento, que nos traga beleza, alegria ou nos cause prazer, satisfação. A posição do autor com relação ao amor lembra-nos muito uma frase de Vinícius de Moraes: “Que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure”.

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