Manhã sumersa
(Vergílio Ferreira)
Lentamente, o casarão foi rodando com a curva da estrada, espiando-nos do alto da sua quietude lôbrega pelos cem olhos das janelas. Até que, chegados à larga boca do portão, nos tragou a todos imediatamente, cerrando as mandibulas logo atrás. Enrolado na multidão silenciosa, fui subindo a larga escadaria em cujo topo um padre quieto, de mãos escondidas nas mangas do viatório ia separando as divisões para as respectivas camaratas. Mudos e quedos, ao pé dos muros, apareceram ainda ao longo do corredor, vários padres de sentinela.
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