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Psicopatas e Normais
(Carlos C. de Andrada)

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PSICOPATAS E NORMAIS                                                                                                                                                                                                                                                                                     Aúnica diferença entre os psicopatas e as pessoas comuns é que eles fazem, algumas vezes, o que nós temos vontade de fazer toda hora. Na verdade somos todos psicopatas latentes e em potencial, mas nos controlamos pelos mais variados motivos e para os mais diversos propósitos. Temos medo das leis e julgamentos sociais, temos amor a nossos familiares e lealdade ao código ético que permeia nossa criação e educação. Porém também possuímos ódio, raiva, inveja orgulho, vaidade e ciúmes, que nos fazem querer eliminar e aniquilar os outros. Além do prazer, é claro, pois estudos já comprovaram que a sensação de poder e satisfação de um ser humano ao matar e machucar outro é muito forte. A verdade é que gostamos de ver os outros sofrer, e adoramos fazer com que sofram, porque somos cruéis por natureza, a vida transforma todos os seres em criaturas egoístas e implacáveis, e os que não se tornam assim são raras e formidáveis exceções, como é o caso do meu pai.                                                                                                                                                    Os psicopatas geralmente são enquadrados e classificados assim somente em casos clássicos, como pedófilos assassinos, homicidas canibais, loucos que pegam armas para matar meia dúzia de colegas de trabalho ou escola e depois se matar ou ser mortos. Embora sejam casos que cheguem ao limite da compreensão humana e de sua consciência – como alguém pode chagar a fazer algo assim? – até mesmo estes casos são explicáveis e podem ser analisados pela psiquiatria, com resultados verdadeiros incontestáveis, que pesquisam e revelam por quê uma pessoa comete atos tão bárbaros e estranhos. Os motivos e causas, quando existem, são, na maioria das vezes, associados à infância, um período delicado para todos, que, quando constantemente submetido a traumas, rejeições abandonos, humilhações e violências de toda sorte, produzem rancor, ressentimento, frieza, fúria e uma deturpação da ética e da honestidade imensurável.                                                                                                           Contudo, e aqueles que não têm – e admitem isso com cinismo estarrecedor – nenhum motivo para praticar crueldade, mas fazem isto sistematicamente por puro e simples prazer e diversão? Para estes, o estudo é paradoxal, ironicamente simples e complexo ao mesmo tempo, pois é a maldade em estado bruto, entretanto sobra a pergunta: por quê e como essas pessoas maléficas foram já nascer assim? Ou o que causa o aparecimento da existência malévola de certos indivíduos? Genética? Ambiente? Nenhum dos dois, já que mencionei-os acima. Então o quê? Não sei, e, se soubesse, levaria a resposta ou a sombra dela aos meios de comunicação e instituições de todo o mundo.  O que já foi dito sempre por milhares de pessoas é que o ser humano é cruel por natureza, gosta desta crueldade, e se não houver critérios e ameaças de punição severa, além da condenação coletiva e boicote da sociedade, alguém pode praticar crueldades cada vez piores ao longo de sua vida, sentindo prazer e alegria enormes nisso. E há o requinte da dissimulação, como os torturadores, que entre quatro paredes cometem atos hediondos indescritíveis e, num ambiente público e familiar, fingem ser pessoas dóceis, gentis e amáveis.                                                                                                                                     Entretanto, não se deve enxergar apenas nos outros a maldade e a agressão, tratando-os como inferiores e fracos, que cedem à tentação de cometer atrocidades. A pessoa tem a obrigação de, antes de mais nada, vasculhar a si própria, percebendo que ela também é um psicopata em potencial, tem um fator maléfico dentro de si, que pode aparecer a qualquer momento, dentro de algumas horas ou poucos minutos, num dia ruim ou numa situação de extremo nervosismo, raiva e provocação injusta. Entretanto, o ser humano adora ver seus semelhantes sofrerem e algumas vezes causa o sofrimento, a dor e a mágoa por puro prazer, um prazer mórbido e macabro, que existe e está presente em todos. Há pessoas que fazem atos que podemos chamar claramente de maldades, como assassinar alguém sem motivo e com prazer sádico. E há indivíduos que realizam verdadeiros heroísmos ao arriscar suas vidas para salvar, ajudar desconhecidos ou cessar o sofrimento de outros à custa de um auto sacrifício. O que fazemos é esconder nosso lado animal e sem princípios, para sermos aceitos na comunidade e vizinhança, porém sabemos que o lado destrutivo está sempre em nossa personalidade, pronto para ser liberado e realizar toda espécie de barbárie, acompanhada de alegria genuína em causar dor e desgraça aos outros. Não é toa que damos risada do sofrimento e humilhação alheia, se é que não participamos deles com deleite.



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