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Radiscanner____(www.flickr.com/photos/radiscanner/)
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1. Sobre a Técnica Radiscanner·       

Criada por João Marcos Sobreira Lucas em junho de 2006, a técnica Radiscanner consiste em criar imagens através do deslocamento de objetos em um digitalizador; o que fica registrado é a trajetória dos objetos, através de cores puras e intensas. Pela liberdade de expressão, espontaneidade, aprendizagem empírica e fuga aos aspectos formais acadêmicos, a arte obtida através desta técnica apresenta características similares à arte bruta. Nesse caso, podemos chamá-la de arte bruta digital.
O nome Radiscanner (Radical + Scanner) originou-se do movimento apresentado pelos objetos quando são manuseados no vidro do scanner, movimento similar ao dos esportes radicais, como skate e surf. A arte obtida não sofre alterações em suas formas através de softwares de manipulação ( distorção, cortes ou montagens de imagens).
O objetivo da técnica Radiscanner é criar imagens (intencionais, planejadas) através do deslocamento de objetos no scanner, e não o registro digital de um objeto totalmente estático. As cores das imagens obtidas são as mesmas dos objetos utilizados no scanner, como canetas, tecidos de roupas, garrafas, réguas, papéis etc. Os únicos recursos de edição digital utilizados são: um aumento no contraste e uma borracha digital, ambos utilizados para conferir um fundo negro e para apagar possíveis pontos laterais indesejáveis, acidentais, que podem ocorrer durante o processo de digitalização. Porém, nunca a imagem principal passa por alterações de forma ou cortes. Ocorre somente um aumento na intensidade das cores, conseqüência do aumento de contraste.
Um fato interessante é que cada etapa realizada no vidro do scanner deverá ser memorizada como se estivéssemos a “desenhar no ar” ou em uma “folha imaginária”, como costumamos fazer no nosso cotidiano ao mover um dedo, uma caneta, ou os dentes, criando imagens em nossa mente. O desenho, escultura ou pintura no scanner é imaginário, não se risca o vidro com nenhum pincel ou caneta. Somente após a digitalização completa é que a imagem física surge no monitor; ou seja, ocorre a materialização do invisível. Portanto, Radiscanner não é fotografia, já que as imagens obtidas não existiam no mundo físico, apenas em nosso imaginário. Essa é uma diferença crucial que torna essa técnica única no mundo. Foi a primeira vez no mundo em que o scanner foi utilizado de forma sistemática para criar imagens  (figurativas e abstratas ) através do deslocamento planejado e intencional de objetos em um digitalizador. Não se trata de movimentar os objetos aleatoriamente e somente depois ver no que deu. Todas as obras são frutos da intencionalidade.  Quando não se obtém o resultado planejado, as imagens são excluídas e o trabalho reiniciado. Dependendo da complexidade técnica das obras isso pode demorar várias horas ou dias, já que é necessário vários ensaios de movimento, mudança de ângulo e de tempo para conseguir a imagem planejada. Uma característica marcante dessa técnica é a necessidade de estudos (ensaios) de composição através do scanner. Lembrando que: Radiscanner é uma técnica empírica. Somente através de ensaios de movimento, mudança de ângulo e tempo com diversos materiais é que se pode adquirir o conhecimento necessário para criar uma obra intencional. Quem joga um material no scanner, e o movimenta aleatoriamente sem saber o que originará, saiba que isso não é arte. Arte tem que ser intencional. Se o não intencional fosse arte, as fezes, o suor a escorrer no corpo, as pegadas de um cavalo no solo, tudo isso seria arte.
Uma obra de arte, mesmo altamente abstrata, não é produzida aleatoriamente. Quem produz uma imagem no scanner de forma aleatória e, posteriormente a acha interessante e passa a dizer que é uma obra de arte, fruto da intencionalidade, na verdade adotou um acidente. Essa pessoa agiu da mesma forma que alguém que  sujou as mãos de tinta e encostou acidentalmente em uma tela. Ou seja, pelo fato da imagem das mãos terem ficado gravadas na tela não significa que essa pessoa tenha criado uma obra de arte. Houve um acidente, não uma intenção.   
 
Lembrando que: Se uma obra tiver divergido do seu projeto, a ponto de sua propriedade de comunicação visual tiver sido prejudicada, delete a imagem. Exclua-a ou guarde-a como ensaio. Mas nunca adote um acidente como arte.
  
1.1. O movimento dos objetos
 Na Radiscanner, as imagens são obtidas sistematicamente, e não de forma aleatória. Todos as obras são frutos da intencionalidade, como deve ser qualquer obra de arte.
  
Quando se diz que, na Radiscanner, as imagens são resultantes do movimento dos objetos, tratam-se de 2 movimentos: 
1ª) “Movimento contínuo”: onde os objetos são deslizados continuamente no scanner, sem interrupção da trajetória. 
2ª) “Movimento descontínuo”: ocorre através da mudança de posição do objeto de forma que origine uma imagem complementar à anterior para formar uma só imagem ou várias imagens. Neste movimento percebe-se uma interrupção ou espaço entre uma imagem e outra. Ocorre a interrupção da trajetória.
  
No dia 11 setembro de 2009 foi a abertura no Centro Cultural Banco do Nordeste do Brasil – Cariri da primeira Exposição de Artes Visuais no mundo de obras produzidas com a técnica Radiscanner. Foi apresentada uma coletânea de 37 obras do artista visual João Marcos Sobreira Lucas em variados temas. A Exposição foi patrocinada pelo Governo Federal através do CCBNB.



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