Falta de sensibilidade
(Sergio Savian)
Falta de sensibilidade
Coloque um monte de ratos numa caixa bem apertada, com falta de condições mínimas de sobrevivência e veja no que dá. É muito provável que eles comecem a se agredir mutuamente. Coloque 10 milhões de pessoas numa cidade com muito trânsito, enchentes e miséria e não é preciso imaginar nada, pois é isto o que temos vivido.
A população do planeta tem crescido sem controle, e a convivência das pessoas tem sido muito mal administratada. Sobem os edifícios, asfaltam-se as ruas, aumenta o número de carros. E junto disso tudo, muito lixo, poluição, barulho e briga pelo espaço.
Você se forma numa faculdade e começa a correr atrás de uma carreira de sucesso. Para isso precisa se submeter a muitas horas de trabalho, faltando-lhe o tempo mínimo para se dedicar à saúde ou à vida pessoal. Se tiver sorte, passa a ter cada vez mais responsabilidade, ganhando o seu dinheiro e alguns outros benefícios materiais.
Se você for mulher e tiver filhos, sempre viverá o conflito entre cuidar deles ou avançar na sua profissão.
O que quero dizer é que neste ritmo de vida não há espaço para sentir. Numa avenida com trânsito pesado, na hora do rush não se pode ser muito sensível, senão você dança. Num mundo de tanta competição não há espaço para muitas sutilezas. Você não pode sentir, muito menos amar.
Mas que vida é essa que estamos levando? Pense bem. Você acha que vale a pena viver assim? O que significa realmente essa correria toda? O que você quer para si? Chega uma hora que você tem de ficar tão duro e armado para enfrentar a fera do trânsito, a fera da estupidez, a fera da competição, que simplesmente desconecta-se do sentir.
A s pessoas mais sábias que conheci não têm dúvida quando afirmam que o amor é bem mais valioso da vida. Mas só é possível amar se desacelerarmos um pouco, questionando esse ritmo que temos adotado para a vida.
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