Maria Adelaide Coelho da Cunha: doida, não e não!
(Manuela Gonzaga)
Não há manicómios, não há cadeias, não há leis, não há homens que nos separem; porque quanto mais imaginam fazê-lo, mais nos aproximam. Quando dois entes sofrem um pelo outro o que nós temos sofrido, apenas a morte tem esse poder e para isso é necessário, ainda que além da morte nada exista.Este livro é um grito que atravessa os tempos, uma história de vida traçada com um grande rigor histórico, solidamente ancorada em documentação coeva. Estamos nos anos vinte, quando o princípio da liberdade de imprensa se assumia em Portugal, uma conquista que só será renovada em 1974. Mas este retrato biográfico da Senhora de São Vicente, filha mais velha e herdeira do fundador e co-proprietário do Diário de Noticias, o jornalista Eduardo Coelho e mulher de Alfredo da Cunha, yambém jornalista, é acima de tudo, o testemunho da vontade indómita de uma mulher que tudo arriscou por amor.Os factos relevantes têm inicio em Novembro de 1918: era uma vez uma senhora muito rica que fugiu de casa, trocando o marido, escritor e poeta, por um amante. Tinha quarenta e oito anos, pertencia à melhor sociedade portuguesa. O homem por quem a senhora se mudou, de um palácio lisboeta para um modestíssimo andar em Santa Comba Dão, tinha praticamente metade da sua idade e fora motorista particular.Em 2003, quase um século depois, do fundo falso de uma escrivaninha do palácio onde tudo aconteceu, emergiu uma verdadeira comucópia de fontes: relatórios médicos, processos jurídicos, cartas de familia e muitos outros documentos ali guardados desde meados dos anos 20 do século passado. Os actuais donos de São Vicente, mandaram-nos catalogar.
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