Ópera de Sidney
(Luis Correia)
A Ópera de Sidney, na Austrália, no seu magnifico enquadramento portuário, é a maior e, provavelmente, a melhor peça de arquitectura abstracta do Mundo, além de ser um dos mais dispendiosos edificios do século XX.
Tem sido chamada de elefante branco, um palácio real, uma extravagância injustificável e um prodígio.
A quando do inicio das obras em Março de 1959, o orçamento previsto era de 5 milhões de libras, e o prazo de construção de 2 anos. Quando a Ópera foi inaugurada em Outubro de 1973, pela Rainha Isabel ll, o tempo de construção excedera o de qualquer outro edificio moderno e o seu custo ascendera a 50 milhões de libras, e, continuava a aumentar, pois diferendos surgidos com os sindicatos haviam atrasado outros trabalhos. Faltava ainda construir as estradas de acesso e os parques de estacionamento e pavimentar 25ha. Continuavam ainda a dispender-se quantias consideráveis no projecto, estando o custo total da obra calculado em cerca de 55 milhões de libras. ( Contabilizado em 1974 )
A história da Ópera de Sidney começou com um concurso internacional para o seu projecto, ganho pelo arquitecto dinamarquês Joern Utzon, que a concebeu desde o inicio como uma peça de escultura que permitisse a sua observação, independentemente do ângulo do observador.
O edfício ergue-se numa península que se prolonga pelo porto de Sidney, exactamente em frente da famosa ponte, podendo ser observado sob qualquer prespectiva. Como a costa se ergue abruptamente na sua retaguarda, a Ópera pode também ser contemplada de cima.
Constituem a característica mais notável do edifício as 10 conchas que formam a cobertura, a mais alta das quais se eleva a 66,3 m acima da superfície do porto.
Quando as concebeu, Utzon imaginou-as como verdadeiras conchas, folhas finas de cimento que se sustivessem a si mesmas. Porém, após o início da obra, verificou que se tornava necessária a construção de arcos maciços de forma a garantir o suporte das mesmas.
Como consequência, o custo do edifício sofreu um aumento desmedido e as conchas adquiriram um aspecto mais pesado. (total do edifício-26 800 toneladas )
Utzon nunca viu as conchas acabadas. Em 1966 desligou-se do projecto, cujo aumento de custo provocou uma onda de indignação.
O seu lugar foi então preenchido por um consórcio de 4 arquitetos de Sidney, sendo Peter Hall o arquiteto projectista. Hall enfrentou a tarefa de planear as emormes paredes de vidro que fecham as conchas em ambos os extremos, pois quando assumiu o encargo da obra apenas a 1ª fase do edifício estava concluída. Mas foi talvez no interior, onde tinha de acomodar uma sala de concertos, uma sala para ópera e ballet, um teatro, uma sala para gravações da Orquestra Sinfónica de Sidney e um cinema onde fosse possivel efectuar também recitais de música de câmara, que pôs à prova todas as suas capacidades. Hall veio a resolver a maior parte dos difíceis problemas, mas a sala de ópera revelou-se algo pequena e, consequentemente, pouco rentável.
As conchas brancas de Utzon erguem-se majestosamente sobre as águas do porto, tal como ele as concebeu, apesar das previsões pessimistas dos críticos, que vaticinavam o seu desmonoramento. Quando se encontram no terraço sob elas, os visitantes têm uma sensação análoga à que experimentariam no mar, a bordo de um enorme paquete.
O edifício, pago através de subscrições públicas, tem vindo a ter despesas de manutenção tais, que entre o ano 2000 e o ano 2005, foi gasta a mesma quantidade de dinheiro ,que na sua construção.
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