Um heroi português
(Vasco Pulido Valente)
Este livro é o retrato da vida de um D. Quixote, de um Santo Condestável, um homem de aventuras e tragédias que comandou, expedições por terras desconhecidas em Angola, combateu em Moçambique e voltou a Portugal para fazer política e desafiar a república em incursões romanticas que iriam restaurar a monarquia.
Anglófilo, monárquico, inimigo de Salazar e por ele exilado em Guanadilha nas Caraíbas, Henrique Paiva Couceiro é um heroiportuguês, que no dia em que entrou para o quadro de oficiais do exército, foi preso por dar cinco tiros num civil desarmado para vingar um insulto habitual a sua mãe em pleno Chiado ...Este livro como uma biografia de João Franco e Marcelo Caetano, devia fazer parte de um retrato da direita portuguesa do fim do século XIX até ao fim da ditadura de 1974. A exclusão de Salazar era evidentemente deliberada porque se tratava de provar que existia outra direita antes do salazarismo e mesmo dentro do salazarismo. Uma direita nascida do confronto directo com o partido Republicano e a República jacobina, e mais tarde com a oposição dominada pelo PCP que via um regime repressivo como única solução para a crise nacional.Para lá da gente que se mexia e remexia nos corredores da política, Franco e Couceiro representaram no seu tempo, a direita. E verdade que na sufocante sombra de Salazar, Marcelo Caetano conseguiu durante vinte anos representar uma alternativa civilizada e moderna à ditadura. Que essa direita tenha perdido a favor de uma pequena tirania clérico-militar, dirigida por um professor de Coimbra.
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