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José -
(Carlos Drummond de Andrade)

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O interesse da obra baseia-se em que Drummond faz uma tentativa de explorar e de interpretar “o estar no mundo” em uma época de política conturbada. Drummond, assim como diversos autores da 2ª fase do Modernismo recebeu como herança todas as conquistas da geração de 1922, a segunda fase do modernismo brasileiro se estende de 1930 a 1945.Período extremamente rico tanto em termos de procuração poética quanto em prosa, reflete um conturbado momento histórico: no plano internacional, vive-se a depressão econômica, o avanço do nizafascismo e a II Guerra Mundial; no plano interno, Getúlio Vargas ascende ao poder e se consolida como ditador, no Estado Novo. Assim, a par das pesquisas estéticas, o universo temático se amplia, incorporando preocupações relativas ao destino dos homens.Em 1945, ano do fim da guerra, das explosões atômicas, da criação da ONU e, no plano nacional, da derrubada de Getulio Vargas, abre-se um novo período da historia literária do Brasil.“Os camaradas não disseram que havia uma guerra e era necessário trazer fogo e alimento”
(Carlos Drummond de Andrade)
A adesão do poeta aos problemas do seu tempo e o sentimento de solidariedade em relação as frustrações e as esperanças humanas levam-no a realizar a melhor poesia social brasileira de nosso século. Entretanto, é na temática que se percebe uma nova postura artística: passa-se a questionar a realidade com mais vigor e, fato extremamente importante, o artista passa a se questionar como individuo e como artista em sua “tentativa de explorar e de interpretar o estar-no-mundo”. O resultado é uma literatura mais construtiva e mais politizada, que não quer e não pode se afastar das profundas transformações ocorridas neste período.
Carlos Drummond de Andrade é, sem duvida, o maior nome da poesia contemporânea brasileira. Sua obra poética acompanha a evolução dos acontecimentos, registrando todas as “coisas” (síntese de um universo fechado, despersonificado) que o rodeiam e que existem na realidade do dia-a-dia. São poesias que refletem os problemas do mundo, do ser humano brasileiro e universal diante dos regimes totalitários, da II Guerra. Da Guerra Fria.
Por isso é de suma importância analisarmos alguns conceitos que contribuem para uma melhor contribuição para se depreender a subjetividade do autor na obra. Notamos esses conceitos em nosso objetivo de estudo: a Poesia José.

É interessante notar que, em varia passagens, Drummond insiste em mostrar a impossibilidade de o homem, sozinho, realizar alguma coisa (nesse aspecto, Drummond comunga com Murilo Mendes: a aurora - metáfora para o nascimento de um novo dia, um novo mundo – é coletiva).

“porque não podes, sozinho, dinamitar a ilha de Manhattan”
(“Elegia 1938”)

“Sozinho no escuro /qual bicho do mato”
(“José”)

“Ó solidão do boi no campo,
ó solidão do homem na rua!”
(“O boi”)

O autor retrata um olhar modernista para dentro de si mesmo, e ao mesmo tempo um olhar filosófico sobre a teimosia da existência humana, os conflitos do homem e as inquietações que o acompanha.
Pode-se dizer que o eu-lírico José não é simplesmente um nome, e sim uma representação de tantos “Josés”, ora ganham, ora perdem, porém continuam.

“Mas você não morre,
você é duro, José!”

Sua poesia é posta a serviço da causa política e luta.
Resulta de um momento difícil para o Brasil a ditadura de Getúlio Vargas.

“... quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?”

A necessidade de compreender o mundo transformado pela guerra, e pelas crises sucessivas fez com que procurasse uma interpretação de realidade, tentando entender o dinamismo das relações do homem com o meio.

“ você marcha, José”
José para onde?”

A preocupação da existência humana o confronto do homem com sua identidade e conceitos.

“... você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?”



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