Esaú e Jacó
(Machado de Assis)
Santos desejara há muito ter filhos, enquanto que Natividade não se mostrava tão ansiosa com a idéia. Durante a gestação, porém, a imaginação e expectativas com relação ao filho a animaram. No dia 7 de abril de 1870, para surpresa do casal, nascem Pedro e Paulo, gêmeos idênticos que receberam esses nomes devido a uma inspiração de sua tia Perpétua.
Preocupada com o futuro de seus filhos, Natividade vai ao morro do Castelo consultar uma famosa cabocla. Esta alivia a angústia da mãe, prevendo um grande futuro para os meninos.
À medida em que cresciam, os irmãos se assemelhavam cada vez mais fisicamente, divergindo, no entanto, quanto ao comportamento e às opiniões. Essas diferenças acarretavam em brigas, já ocorridas desde o ventre materno, e que sempre afligiam a mãe. Natividade apaziguava os conflitos, e pedia aos rapazes que ficassem amigos.
Uma das divergências claras entre os irmãos era a posição política defendida por cada um: Paulo, liberal, republicano, e Pedro, conservador, monarquista.
A família Santos tinha relações cordiais com o Conselheiro Aires, um ex-diplomata, e com a família Batista, a qual pertence Flora, causa de mais um conflito dos gêmeos.
Em nenhum momento Flora consegue se decidir entre os rapazes, já que ambos a agradavam, e, ao seu ver, se complementavam (seu sonho expressa esse desejo). Perturbada pela necessidade da escolha, a moça adoece e fica sob os cuidados da irmã de Aires, até a morte. Sobre o túmulo, Pedro e Paulo fazem um pacto de união, assim como farão no leito de morte da mãe; essas promessas, porém, não são cumpridas por muito tempo.
O futuro grandioso dos irmãos, anunciado pela cabocla, se concretiza quando eles são empossados deputados, obviamente de partidos distintos
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