Pílula anticoncepcional – 50 anos
(Escola Paulista de Medicina)
Pílula anticoncepcional – 50 anos
O registro mais antigo de um tipo de prevenção feminina contra a gravidez é de 1850 AC: uma receita num papiro recomendava aplicar na vagina uma mistura de mel e carbonato de sódio. No Egito, Cleópatra, que governou entre 51 e 30 AC, usava esponjas marinhas embebidas de vinagre. Nenhum de tais métodos, contudo, tem validade científica. Só a partir do século 19 aumentou a pesquisa por um meio eficiente. A tabelinha surgiu em 1920 e o DIU em 1928. Finalmente, em 1954 surgiu a pílula que é adotada por 75% das mulheres que usam contraceptivo no mundo. Na década de 1930, constatou-se que o hormônio progesterona apresentava indícios de ser anticoncepcional. Em 1952 foi sintetizado em laboratório. Só em 1954 foram sintetizados esteróides com as propriedades desse hormônio. Para a descoberta contribuíram os cientistas Gregory Pincus, do Laboratório Searle; Mincheychang, cientista chinês da Universidade de Cambridge e John Rock, de Boston. Foi testada em mulheres de Porto Rico com êxito: a gravidez só ocorreu quando o seu uso foi interrompido ou esquecido. Foi testada alguns anos, antes de ser comercializada. Em maio de 1960, as americanas já podiam usar a pioneira Enovid –R: continha cerca de 5 mil microgramas de progesterona e 150 de estrogênio, dosagem muito alta e diferente da encontrada nos ciclos naturais da mulher, provocando com isso, enjôos e problemas gástricos. No Brasil a venda se iniciou em 1962 e em novembro do mesmo ano, 5 mil brasileiras já tomavam a pílula. Atualmente, as doses de hormônio são bem menores, entre 125 mcg de progesterona e 40 de estrogênio. Usada corretamente é quase absolutamente segura: 99,9% de eficiência. Seu uso requer supervisão médica por causa dos efeitos colaterais.
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