O gesto
(Laura Vasconcelos)
O homem sentado no banco da avenida viu-a passar. O sorriso dela era ainda mais magnifico do que no dia anterior, levantou-se:
- Se não se importa, gostaria de lhe falar. É importante! Ontem, tentei alcançá-la, mas perdi-a na multidão. A mulher voltou-se e olhou o homem nunca deixando de sorrir. Passou a mão pelos cabelos e o sol brilhou-lhe nos olhos. Nada disse! Esperou que ele continuasse o discurso não lhe querendo interromper a palavra.
Na memória do tempo vagueiam as palavras. Todos se conhecem, uma a uma, mas do seu entendimento e da sua conjunção nasce a existência das coisas. Real ou ficção pouco importa uma vez que são algo, de qualquer maneira.
- Não me perguntas tantas coisa, Lynn. Por agora dir-te-ei que sim, vamos atravessar o mar. Viajaremos para o norte. Encontraremos vastas florestas como as nossas e conhecerás um povo, cujas leis e tradições são semelhantes às nossas visto que temos uma origem comun.
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