Memórias Póstumas de Brás Cubas
(Machado de Assis)
É muito interessante poder ler a se não a mais lida, a melhor obra de Machado de Assis, aquela que é o marco do realismo, isto é, a primeira obra de tantas outras. O interessante é que a crítica se estende ao positivismo, ao anticlericalismo, às mulheres que traem e também, aos homens que aceitam a posição de amantes, pois é uma posição confortável. O autor-narrador deixa claro em suas reminiscências que não sente remorsos, nem piedade de nada. Quando encontra com Marcela, anos depois, sente prazer em vê-la feia, destruida pelas bexigas, é como uma vingança intima. A questão interessante é a loucura presente neste livro e que mais tarde voltará em Quincas Borba, outro livro de sua autoria. O fator de sua supertição é muito forte, mesmo colocando-a nas costas do marido de Virgília, que deixa de tomar posse de um cargo, por este ser no dia 13, dia em que fatos horríveis aconteceram em sua vida. E quando, finalmente, vem a nomeação tão esperada por Bras, para o marido de sua amante, acontece no capítulo 31, que é o inverso do número 13, um fato bem interessante, pois fica implicito que o tal homem é um ignorante. E, amarrando todos os fatos acontecidos no livro, vem o verme, que na minha opinião é o personagem central do livro, por saber de tudo, por estar comendo as carnes do defunto-autor, como este se auto-intitula.
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