Resumo de Kafka e as Mulheres

Milena Jesenska, um dos gandes amores de Kafka, certa vez o definiu assim: "Ele era tímido, temeroso, modesto e bom, mas escreveu livros cruéis e dolorosos. Ele viu um mundo pleno de demônios invisíveis que esfolavam e destruíam o homem sem defesa". Esse era Kafka, uma figura humana aburdamente autodestrutiva e que conservava algo dentro de sua imaginação que obstaculizava a intimidade com as mulheres. No seu diário deixou registrado essa conturbada relação com as mulheres: "Você não pode me amar tanto quanto gostaria; você está infelizmente apaixonada pelo próprio amor que você sente por mim, mas seu amor por mim não está apaixonado por você." Poucas foram as mulheres que influiram sobre o curso de sua vida. Uma delas foi Felicia Bauer, com quem namorou durante dois anos e chegou a pedi-la em casamento. Foi a relação mais complicada de todas. Kafka estava integralmente perturbado diante de duas condições contrárias e inconciliáveis: casar-se, pela estabilidade do amor e assim superar o seu isolamento dilacerante e insuportável, deixar de lado a vida burocrata ou manter sua independência, pagndo com o preço da sua solidão. Nesse tempo, ele fica doente e se isola num sanatório, onde tem uma relação com uma suiça-cristã. Um amor sem rastros, nada se sabe dele. Ao voltar do sanatório, reata o noivado com Felicia mas as angustias e duvidas permanecem e eles rompem poucos meses depois. Nesse ínterim, teve um romance com Greta Bloch, amiga de Felicia.

De 1920 a 1923, mantém um romance por correspondencia com Milena Jesenska. Uma mulher extremamente sensível, inteligente e de um belissimo gosto literário. Com ela Kafka achava que podia ter uma relação espiritual superior. As cartas que trocavam estão devidamente publicadas num livro chamado "Cartas à Milena". Nessas cartas, Kafka narra todos os sofrimentos e sobretudo a solidão que o aprisionava. Com Milena Kafka se sentia mais intimo que com qualquer outra mulher já estivera. Ela o compreende como poucos. Kafka apaixonado por Milena e a convida a morar com ele em Praga, no que ela se recusa.

Desiludido, Kafka encontra uma jovem de 18 anos, Dora Dyamant. É a última mulher em sua vida. Já com a saúde debilitada, Dora é quem o acompanha na última fase de sua peregrinação. Kafa pede a mão de Dora em casamento, mas seu pai recusa. Não por isso ela o abandona. Acompanha Kafka por todos os sanatórios e não o abandona um único instante.

Com apenas 41 anos, sem conseguir mais comer ou beber, morre o mais genial escritor da história.

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