Fúria divina
(José Rodrigues dos Santos)
"As luzes dos farois rasgaram a noite glacial, pronunciando um fragor cavado que logo se ouviu a aproximar. O camião percorreu a Prospekt Lenina devagar, o estrépito do motor sempre em crescendo, e abrandou quando chegou perto do portão. O veiculo virou lentamente, galgou a ladeira com um ronco de esforço e imobilizou-se diante das grades do portão, os travões a soltarem um guincho desafinado, o motor a bufar de exastão.O portão abriu-se com um zumbido eléctrico, e sem recolher o homem que deixara na casamata, o camião cruzou uma placa suja a anunciar PO Mayak em caracteres cirílicos e entrou no perímetro. O complexo era enorme, mas o motorista sabia muito bem para onde ir. Viu os edifícios de pesquisa de Chelyabinsk-60, e conforme havia sido combinado, estacionou na berma.O portão começou a dobrar-se automaticamente. Logo a seguir foi a vez de se abrir a porta do casinhoto, deixando a luz do interior recortada como um fio, e um homem saiu para a rua. Pelo boné percebia-se que se tratava de um oficial do exército. O militar olhou em redor, como se procurasse alguma coisa e o motorista fez uma piscadela com os farois para se fazer notar.A temperatura lá dentro era acolhedora e os intrusos tiraram as luzes, mas mantiveram os sobretudos. Ruslan olhou em redor, avaliando as instalações. O interior era iluminado por uma luz amarelada e as paredes de betão pareciam incrivelmente grossas. O oficial russo conduziu os intrusos pelos corredores desertos, virando consecutivamente à direita e à esquerda, até que se imobilizou numa esquina ..."
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