Economia clássica
()
Economia clássica:
A publicação da obra A Riqueza das Nações de Adam Smith em 1776, tem sido descrita como o "efetivo nascimento da economia como uma disciplina separada." O livro identificava o trabalho, a terra e o capital como os três fatores de produção e maiores contribuidores para a riqueza de uma nação. Para Smith, a economia ideal seria um sistema de mercado auto-regulador que automaticamente satisfaria as necessidades econômicas da população. Ele descreveu o mecanismo de mercado como uma "mão invisível" que leva todos os indivíduos, na busca de seus próprios interesses, a produzir o maior benefício para a sociedade como um todo. Smith incorporou algumas das idéias dos fisiocratas, inclusive o laissez-faire, nas suas próprias teorias econômicas, mas rejeitou a idéia de que somente a agricultura era produtiva.
Na sua famosa analogia da mão invisível, Smith argumentou em favor da noção, aparentemente paradoxal de que os mercados competitivos tendem a satisfazer às necessidades sociais mais amplas, apesar de ser guiado por interesses-próprios. A abordagem geral que Smith ajudou a formular foi chamada do economia política e mais tarde de economia clássica e incluiu nomes notáveis como Thomas Malthus, David Ricardo e John Stuart Mill, que escreveram de 1770 a 1870, aproximadamente.
Enquanto Adam Smith enfatizou a produção de renda, David Ricardo na sua distribuição entre proprietários de terras, trabalhadores e capitalistas. Ricardo enxergou um conflito inerente entre proprietários de terras e capitalistas. Ele propôs que o crescimento da população e do capital, ao pressionar um suprimento fixo de terras, eleva os aluguéis e deprime os salários e os lucros.
Thomas Robert Malthus usou a idéia dos retornos decrescentes para explicar as baixa condições de vida na Inglaterra. De acordo com ele, a população tendia a crescer geometricamente sobrecarregando a produção de alimentos, que cresceria aritmeticamente. A pressão que uma população crescente exerceria sobre um estoque fixo de terras significa produtividade decrescente do trabalho, uma vez que terras cada vez menos produtivas seriam incorporadas à atividade agrícola para suprir a demanda. O resultado seria salários cronicamente baixos, que impediriam que o padrão de vida da maioria da população se elevasse acima do nível de subsistência. Malthus também questionou a automaticidade da economia de mercado para produzir o pleno emprego. Ele culpou a tendência da economia de limitar o gasto por causa do excesso de poupança pelo desemprego, um tema que ficou esquecido por muitos anos até que John Maynard Keynes a reviveu nos anos 1930.
No final da tradição clássica, John Stuart Mill divergiu dos autores anteriores quanto a inevitabilidade da distribuição de renda pelos mecanismos de mercado. Mill apontou uma diferença dois papéis do mercado: alocação de recursos e distribuição de renda. O mercado pode ser eficiente na alocação de recursos mas não na distribuição de renda, ele escreveu, de forma que seria necessário que a sociedade intervenha.
A teoria do valor foi importante na teoria clássica. Smith escreveu que "o preço real de qualquer coisa… é o esforço e o trabalho de adquiri-la" o que é influenciado pela sua escassez. Smith dizia que os aluguéis e os salários também entravam na composição do preço de uma mercadoria. Outros economistas clássicos apresentaram variações das idéias de Smith, chamada 'Teoria do valor-trabalho'. Economistas clássicos se focaram na tendência do mercado de atingir o equilíbrio no longo prazo.
Resumos Relacionados
- Noção E Objecto Da Economia Política1
- O Que é Economia
- Adam Smith
- A Teoria De Valor De Adam Smith
- A Teoria De Valor De Adam Smith
|
|