Como DETECTAR E VENCER A DEPRESSÃO
(Mário Pereyra)
Annie, 36 anos, vive com o marido e dois filhos. Durante o dia, está ansiosa e com medo (de nada em particular), com aparência cansada e olhar perdido. Chora sem saber a razão. É vítima de insônia.
“É horrível, assustador, já não agüento mais. Não me sinto disposta a fazer nada, não vou a lugar nenhum, não quero ver ninguém. Vivo deitada, apesar de não conseguir dormir e fico pensando em meus problemas. A comida me dá nojo. Penso que seria melhor pôr um fim a esse pesadelo.”
Annie é vítima da depressão, a mais comum de todas as desordens mentais e queixas de saúde. Sofre depressão uma parcela de 12 a 14% da população mundial. Sintomas mais comuns: melancolia, perda de interesse ou prazer, sentimento de culpa, baixa auto-estima, transtornos do sono, falta de apetite, pouca energia e baixa concentração. A depressão pode levar ao suicídio (cerca de 850 mil vidas a cada ano).
O quadro é preocupante. Dois terços das pessoas depressivas não buscam ajuda. Porém, mais de 80% delas melhoram significantemente com tratamento clínico.
Pesquisadores têm sugerido diferentes subtipos teóricos de depressão:
1. Depressão maior: A pessoa se sente deprimida o tempo todo, sem interesse em nada. Há perda de apetite, insônia, ansiedade, fadiga, dúvidas e tendências suicidas.
2. Distimia: É mais prolongada (mínimo de dois anos para adultos e um ano para crianças e adolescentes), com sintomas similares à depressão maior, mas com menor intensidade.
3. Depressão bipolar: É um estado anormal da mente, expansivo ou irritável, que pode durar por uma semana, com ilusões de grandeza, ausência de sono, falando mais do que o usual, pensamentos dispersos, ativismo e agitação psicomotora.
4. Ciclotimia: similar à desordem bipolar, mas de maior duração e menor intensidade.
Os dez mandamentos antidepressão
1. Intencionalmente lute contra pensamentos e sentimentos negativos. Dois passos irão ajudar: detecte e descubra os pensamentos negativos. Segundo, confronte-os com evidências da realidade.
2. Quebre o circuito de idéias negativas. Uma maneira é confrontar tais pensamentos com a real situação. Deve-se confrontar o negativo e reforçar o positivo, para quebrar o círculo vicioso. Quando as atitudes mudam, tudo muda.
3. Evite pensamentos “absolutos”, do tipo “tudo ou nada”. “bom ou ruim” , “sempre ou nunca” . O método mais efetivo é o de introduzir tons no raciocínio com uma inclinação para o lado otimista. Pense: Existem coisas que faço, que dão errado, mas existem outras que faço bem.
4. Não critique e castigue a você mesmo: Reconheça que você tem virtudes. O reconhecimento de virtudes constrói um novo futuro.
5. Exclua a tirania do “eu devo”: Ao invés de “eu devo”, aprenda a adotar a atitude “eu preferiria.”
6. Evite situações desagradáveis e estressantes. Como ir a funerais, por exemplo.
7. Reconheça seus valores e virtudes. Reconhecer a sua própria capacidade e valor pessoal faz parte do caminho do bem-estar.
8. Aprenda a desfrutar e obter satisfação no que você faz: Aprender a reconhecer o bom e o bonito ao redor de nós é um salto transcendente à descoberta da felicidade de viver.
9. Promova esperança: Esse é um fator importante de resultados bem sucedidos, particularmente durantes as primeiras semanas de tratamento. Como lutar contra a desesperança? Desenvolvendo confiança em Deus, construindo autoconfiança, estimulando recursos pessoais e mobilizando forças mentais e espirituais para criar uma atmosfera esperançosa.
10. Confie em Deus. Envolvimento religioso é uma variável importante que recebeu atenção em recente literatura em depressão. Envolvimento religioso público e motivação religiosa intrínseca podem ser inversamente relacionados aos sintomas depressivos. Ou seja, maior o envolvimento religioso, menores os sintomas da depressão.
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