A origem dos óculos
(Fabiana Grassi)
Foi em 1284 que um artesão italiano, Salvino D’Armate, apresentou as primeiras lentes como óculos. Mas a invenção da peça foi uma ação em conjunto entre filósofos, monges, matemáticos e astrônomos. No século II o matemático e astrônomo árabe Alhazen, apareceu com a idéia de lentes convexas para o aumento da visão.
Exatamente para melhorar sua leitura, em 1268, o frei Roger Bacon passou a utilizar lentes convexas. Mas segundo o monge Goirdano de Rivalto, os primeiros óculos modernos foram inventados por um leigo e a idéia foi aprovada.
Em Veneza e Florença havia as fábricas de vidros medievais que passaram a investir nos óculos, criando nomes como occhiali, vetri da ogli ou roidi da ogli, significando vidro ou disco do olho.
De forma nenhum pouco cientifica, os oculistas do século XVII começaram a tratar cada caso em particular.
O discernimento entre miopia e hipermetropia não passava da diferença entre a convexidade das lentes. O astigmatismo só foi descoberto em 1801, mas as lentes cilíndricas para corrigi-los só estariam disponíveis em 1827.
A oftalmologia começou um uso racional das lentes somente nas últimas décadas do século XIX.
Os primeiros óculos escuros foram feitos pelo oculista James Ayscough. O propósito não era a proteção ao sol, mas diminuir a ofuscância.
Lentes de contato foram cogitadas pela primeira vez no final dos anos de 1880 por Adolph Fick, mas só em 1948 Kevin Tuohy conseguiu viabilizar um plástico especial para o contato direto.
As lentes ajudaram o homem a olhar para mais longe e mais perto.
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