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(In)versos
(Isaias Carvalho)

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Quem apresenta Isaías Carvalho no prefácio ao livro de poemas (in)versos, de 1999, é o professor Décio Torres Cruz, da Universidade Federal da Bahia. Assim, as palavras a seguir, em sua quase totalidade, são adaptadas desse prefaciador.Isaías é um nome. Prenome de uma árvore sólida como as palavras que ele busca para a construção de seus versos. E árvores geram folhas (de papel) que um dia se transformam em poesia. Isaías é poeta, daqueles que transformam seu próprio nome em poema. Poeta sem adjetivos, pois ele os gasta para se inventar e descrever a condição humana: em busca de versos que signifiquem a vida do lado de fora das janelas da criação: a vida inventada, vida ao inverso, vida pelo avesso. Não se assustem com a inversão dos títulos. O poeta caotiza forma e linguagem em trocadilhos múltiplos e polissêmicos, e termina pelo começo em uma “gênese arrependida”. Decretando a morte da poesia e dos grandes poetas, ele está na verdade querendo “criar verbos (...),/ desafiar os mestres e ser um”, inscrever seu nome na história das vanguardas e fazer com que a poesia continue viva, linguagem nascente a rolar por “corredores da gênese da linguagem e de depois”, assim como em um exílio do tempo e do espaço. Notem-se aí ecos implícitos de João Cabral e T.S. Eliot. Um poeta se conhece por suas leituras. E Isaías nomeia os seus mestres: Drummond, Pessoa, Dostoiévski. E deixa implícita toda a sua herança das vanguardas modernas e pós, pois se trata de um poeta de adjetivação sombria. Ao mesclar poesia, prosa e teoria literária em seus versos, Isaías Carvalho reafirma a tendência da escrita contemporânea à dissolução das fronteiras entre os gêneros e entre as tipologias literárias. Em (in)versos, ele passeia pelas diversas veredas da ambigüidade que caracteriza o nosso momento histórico: sério, cômico, irreverente, político, lírico, cínico, irônico, crente, descrente, sacro, profano, sexual, espiritual... nos convida a compartilhar as diferentes paisagens da alma urbana. (in)versos, assim mesmo, com inicial minúscula, é para ser degustado gota a gota: de cima para baixo, de trás para frente, do começo pro fim. Afinal, se “a realidade é um sonho que não deu certo”, até o sumário constitui um poema. Poesia que nos faz refletir sobre nossa condição de seres que vivem “assim como”, e nos indaga se não somos realmente parte de um sonho alheio. Os poemas de (in)versos estão disponíveis na íntegra no sítio de Isaias Carvalho (links abaixo).



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