Brasil Chinês: O livro esclarece os mistérios dos geoglifos nazcas
(Luiz Ernesto Wanke e Marcos Luiz Wanke)
Nada de astronautas, de horóscopos, calendários ou outras divagações - sérias ou não - que levaram os índios americanos a desenhar no solo aquelas imensas figuras só vistas de grandes altitudes. Para tanto e munidos de cordas, paus e raspadores, eles removiam a terra vulcânica dos sulcos, expondo a argila amarelada do solo. Assim, seus desenhos representavam uma "reserva de mercado", isto é, o segredo ficava inacessível para outras etnias. Desses, os mais famosos são os nazcas que ficam no atual Perú, mas estão também espalhados por toda a América (inclusive no Brasil).
Foi o padre Cristobal de Molina que entre os anos de 1570 e 1584 escreveu o livro Fábulas e Ritos dos Incas e ali pode-se esclarecer o mistério. Os índios reproduziam no chão tudo sagrado que queriam mandar para o céu. Ou seja, seus imensos desenhos nada mais era que uma comunicação com os, espíritos, portanto, de origem religiosa. Estão vinculados a crença chinesa porque para eles o céu era a autoridade suprema do cosmo. Até hoje na China existtem lojas que vendem bens (geladeiras, carros e até dinheiro espiritual) feitos de papel para serem queimados. A fumaça os elevará para uso do bem estar dos parentes que vivem no céu.
Os temas giravam em torno de pedidos, principalmente de chuva. Nos geoglifos nazcas existem muitas espirais que, tomando-se por base o Aqueduto de Cantalloc - cujo acesso à água da-se por um declive em espiral - pode-se associar que estas espirais estão ligadas à chuva. Pelo mesmo motivo, eles desenhavam peixes, baleias e plantas aquáticas, todas figuras do mar e distantes do deserto. Também foram encontradas em lugares cerimoniais, conchas, pedras roladas de rio e restos de recepientes de ceramica para água, inclusive as que foram achadas em linhas demarcatórias de alguns geoglifos. Segundo o mesmo padre Molina, a água e as montanhas eram divindades maiores. Exatamental tal como os antigos chineses!
Outros têm motivação na crença aos antepassados. Como as montanhas porque até hoje no Perú cristão perdura o costume cultural dos índios nazcas de levar oferendas ao cume, principalmente ao Monte Cerro Blanco, exatamente como fazem ainda hoje os chineses. E para complementar o argumento, os índios americanos marcaram nos altos platôs das montanhas o ideograma correspondente (montanha) na forma de um tridente. É, sem nenhuma dúvida, a prova definiiva da intervenção chinesa sobre os aborígenes americanos.
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