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As NOITES DAS GRANDES FOGUEIRAS - Uma história da Coluna Prestes
(Domingos Meirelles)

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O autor conta neste livro a ODISSÉIA de jovens militares e membros da força pública de São Paulo, pelo interior deste Estado e por mais de 10 Estados do Brasil, entre os anos de 1924 e 1927, tendo como ideal a luta contra a corrupção, o nepotismo e a arbitrariedade instalada nos escalões do governo, que tinha como presidente da República ARTUR BERNARDES.
         Durante mais de dois anos estes militares idealistas, honestos e sonhadores, formando o que seria conhecido como “A COLUNA PRESTES”, percorreram mais de 36 mil quilômetros, tendo em seus calcanhares a força militar  do governo federal.
         Narra como a cidade de São Paulo foi impiedosamente bombardeada, destruída e depois saqueada pelas tropas governamentais.  Conta ainda, como o governo central, sediado no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, apoiado por parte da imprensa, invertia os fatos, iludia a população inventando mentiras contra os revolucionários com o objetivo de manter as aparências.
         A participação de estrangeiros ao lado dos revolucionários também foi primordial e importantíssima. Muitos italianos e alemães, com experiência da primeira guerra mundial, aliaram-se aos revolucionários nas batalhas que se travaram na cidade de São Paulo. Foi decisiva a  participação destes estrangeiros, sobretudo no combate com os carros blindados do governo.
         A fuga dos revolucionários da cidade de São Paulo para o interior deste estado e depois, em direção ao sul do país, deixa atrás de si um rastro de destruição e morte.
         No sul do país LUIS CARLOS PRESTES  levanta o Rio Grande. Apoiado por chefes  civis (JUAREZ, SIQUEIRA CAMPOS, JOÃO PEDRO GAY),  esperam contar com a adesão de outras unidades do Rio Grande. Estavam  recebendo armas através da fronteira com a Argentina, armas estas compradas por  Assis Brasil em Buenos Aires, camufladas em caixas de frutas argentinas.
         No Rio de Janeiro, oficiais da marinha planejavam o levante dos encouraçados São Paulo e Minas Gerais. Desconfiado, o Ministro da Marinha toma algumas medidas para evitar que os rebeldes tomem estes navios. Determina a retirada de parte de seu armamento e ordena uma ampla reforma nas caldeiras  do encouraçado, mantendo um número de fuzileiros navais de sua mais alta confiança a bordo, vigiando o movimento dos oficiais suspeitos.
         O poder de fogo destes dois encouraçados juntos era surpreendente. Eles poderiam destruir o Governo somente com  seus canhões em poucos minutos.
         O São Paulo é  tomado pelos rebeldes mas o Minas  fica nas mãos dos  legalistas. O contratorpedeiro Goiás  rebela-se em seguida mas acaba dominado pelos militares fiéis ao Governo. O São Paulo  fica sozinho na luta. O Forte de Copacabana começa a  atirar contra o São Paulo  com seus canhões 305 mm, atingindo o hidroavião e as duas lanchas que estavam sendo rebocadas.
         Com o fracasso do levante no Rio do Janeiro, o São Paulo avariado, segue  para o Rio Grande do Sul, fugindo  do Minas Gerais  que o perseguia. Do Rio Grande rumaram para Montevidéu no Uruguai, onde pediram asilo político.
         As colunas de São Paulo e do Rio Grande do Sul se unem, formando uma corporação de 1500 homens. Luis Carlos Prestes propõe o abandono da guerra de posição, substituindo-a pela guerra de movimento. A idéia é  atrair as tropas legalistas para o interior do país para que os revolucionários possam derrubar Bernardes no Rio do Janeiro.
         Subindo pelo PARAGUAI, chegam ao Estado do Mato Grosso. No Rio de Janeiro, no dia 1º de maio de 1925 (sexta-feira) os revolucionários tentam tomar o 3º Regimento de Infantaria, na Praia Vermelha. Os combates em Mato Grosso impõem uma derrota para os governistas, apesar de sua maioria. Sobem do Mato Grosso para Goiás através da região conhecida como Cabeceira Alta.
         A Coluna Prestes segue, de forma frenética, sua marcha pelo Brasil afora, até se desfazer, em 05 de julho de 1927  no cemitério de LA GAIBA, na Bolívia, onde muitos revolucionários foram enterrados. A revolução, porém, continua. As últimas palavras são de MOREIRA LIMA que diz – “TIRANOS! VOSSOS DIAS ESTÃO CONTADOS NA TERRA BRASILEIRA”.
         Deste livro merece ser transcrito o Seguinte:
“...tudo é falto, tudo é mentira: mentira a data oficial do descobrimento do Brasil; mentira a emancipação política;mentira a independência;mentira o juramento do príncipe regente; mentira o segundo reinado; mentira a abolição;mentira a fundação da República, que não passou de uma  quartelada; mentira as eleições;mentira a representação parlamentar... O país, de norte a sul, de leste a oeste, está nas mãos ávidas e rapaces de oligarquias constituídas, de negocistas sem escrúpulos,de espertalhões, de politiqueiros cínicos...”  Everardo Dias



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