Apolo e a serpente Píton
(Carmen Seganfredo e A. S. Franchini)
Íris, a fofoqueira, mensageira e confidente, tão logo soube, foi contar a Juno que Latona estava grávida de Júpiter, seu esposo. Juno decidiu que queria Lotona em terras muito, muito distantes. Expulsa, Latona teve que caminhar muito para achar um lugar. Cansada e com o ventre dolorido, ninguém a abrigava. Atrás dela, seguia por terra uma serpente, Píton, que era encarregada de devorar cada filho que ela tivesse. Foi quando Latona encontrou uma ilha flutuante chamada Ortígia, um lugar que não fazia parte da terra e de lugar nenhum. Ilícia, a deusa dos partos, ficou sabendo do sofrimento pelo qual passava Latona para gerar outra criança. Pressentindo que Latona geraria o mais belo dos deuses, sentiu que seria uma honra ajudá-la. Depois de tanto sofrer, nasceram dois filhos desse parto, Apolo, um menino loiro que representava o dia de sol, e Diana, a menina que era clara como a lua, e cabelos negros como a noite. Júpiter ficou feliz, mandou vários presentens, entre eles, um arco feito pelo deus Vulcano. Diana, com este arco, se tornou a deusa da caça. Enquanto Apólo so pensava em se vingar pela mãe. Apólo pediu ao pai que lhe contasse aonde ele poderia achar a serpente Píton, pois, queria matá-la ele mesmo. Latona e os filhos abandonaram a ilha, se mudando para um lugar chamado monte Parnaso. Era ali o covil imundo onde se escondia a terrível serpente Píton. O grito da serpente vinha do fundo da caverna, fazendo desmoronar grandes rochedos, e Apolo se preparava para o seu acerto de contas. Com seu arco, subiu em uma pedra de onde podia atirar uma flecha no abismo do fundo da caverna onde estava a serpente, que desviou da flecha. Diana quis ajudar o irmão, que a proibiu, e ela permaneceu abraçada com a mãe num lugar a salvo. A serpente ficou totalmente de pé para dar o bote em Apolo, e, errando o alvo, deixou na rocha cravado um de seus dentes amarelos, do qual saía um odor pestilento e repulsivo. Apolo caiu e uma saliência, e a serpente já preparava um segundo bote, com centenas de suas línguas chicoteando pelo ar. Foi quando Apolo preparou três flechas muito afiadas para lançar, que voaram e duelaram com as línguas da serpente que foram caindo decepadas pelas flechas. Continuando o trajeto, uma das flechas, atingiu o olho esquerdo, outra, se enterrou no coração e a terceira, dentro da boca, sufocava a serpente. A queda da serpente no chão provocou um estrondo de oito dias em toda a terra. Apólo, pegando a lira que o deus Mercúrio o dera de presente, tocou a canção de vitória. Naquele local enterrou a odiada serpente, e muito depois, o lugar ganhou a fama de sagrado, se transformando no famoso Templo de Delfos.
Resumos Relacionados
- Mitologia Greco-romana
- Deuses Do Olimpo
- Contos Da Mitologia Ii
- Mercúrio - O Pequeno Deus
- Mitologia E Fábulas - Disputa Com Arco E Flecha
|
|