Karma e êxtase com o poder de auto recria-se.
(Fernando Fernandes Omena)
Uma personalidade a frente do seu tempo, sendo seu próprio enigma, karma e êxtase, na definição do homem como obra de arte com o poder de auto recria-se.
Fundamentado em fatos reais, ocorridos no Brasil e França, no decorrer de quatro décadas, trata-se de uma referência legítima, da historia do Brasil nos tempo da ditadura militar. Ao mesmo tempo leve e intensa, criando uma atmosfera singular, onde seus lugares, seus momentos, suas reflexões e suas insanidades, fazem parte da visão abstrata do personagem que vive a desconexão de dois mundos simultaneamente, que apenas se mesclam em um único território de prazer pessoal, extremamente efêmero, volátil com a própria era da informação, não existe perímetro de defesa, a vulnerabilidade de seus alvos objetivos esta presente em constante erosão. Certamente vivendo em ambiente hostil, movido pela fatalidade, conflitos familiares e pessoais, que descreve a sua linha de ação em ângulos previsíveis e comuns, sem surpresas, onde já se conhecem todas as respostas.
Porém sob a tintura das aparências sem desvios e equívocos marcados apenas pela honestidade de propósitos e ideais, se desenha uma personalidade extra-ordinária quase imprópria há seu tempo e possibilidades. Infelizmente é difícil, principalmente nestes tempos atuais se manter fiel a um pensamento de coerência, contra a ideologia predatória dos poderosos, mesmo quando tudo que nos cerca é apenas um grande vazio isento de sentindo prático, que simplesmente acentuam o deserto árido do antagonismo social.
O protagonista vive um estado de exílio irrevogável, gerado pela dor e pelo tempo, sua busca e contemplativa e difere da competição.
Contando apenas com sua habilidade e força e uma evidente inteligência bem acima da média, que já se pronunciava mesmo na infância com fortes inclinações para arte, cultura, heroísmo e espiritualidade, nosso protagonista nos revela uma lição maior de vida, sublinhada de romance e aventura, onde a sua coragem extrema tem como base uma solução inteligente que funciona para a vida toda.
O sistema social moderno não comporta extremo, estando sucessivamente orientado a conter toda forma de excesso.
Sua linha de ação projetada no tempo, evidência sempre regras e controles em procedimentos padrões, quase sempre de baixa qualidade. A realidade objetiva deste fato é sintagma da opressão real exercida contra a liberdade de expressão e independência do pensamento e procedimento humanos.
Repreensões absurdas, objeto de censura, têm servido ao poder como uma valiosa doença que atravessa séculos e civilizações castrando toda a capacidade e sua força criativa.
O homem moderno parece um prisioneiro controlado em cada um de seus movimentos. Ele é um mero fantoche, perdeu o relacionamento humano e a sensibilidade fisiológica e biológica. Sendo que no passado em função do sistema social autoritário, este processo era um agravante eficaz especialmente em um país subdesenvolvido.
Nosso sistema de civilização científica moderna, que está produzindo o homem castrado é, inevitavelmente, a maior ameaça para a nossa autoconfiança e auto-realização.
Porém, apesar de todas as ameaças dessa assombrosa civilização moderna, ainda podemos encontrar a capacidade infinita e inviolável da humanidade suprema na concentração radical de todos os elementos psicossomáticos em prol de uma nova ordem de cultura e arte.
Precisamos reconfirmar a força da concentração de todas as capacidades humanas, comparando todos os efeitos e fenômenos da dispersão e da concentração, mais que uma religião estática, um princípio evolutivo dinâmico.
Porque o segredo da auto-realização em termos globais é a concentração constante de valores e talentos, contida na própria capacidade de mutação, direcionada a busca dentro da essência a ética como um ato espontâneo e na verdade a força que sobrevive ao tempo.
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