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On the road
(Jack Kerouac)

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O nada... este é o propósito da(s) grande(s) viagem(s) empreendida(s) pelo protagonista do livro de referência da geração beat. Geração nascida depois da segunda guerra mundial, quando o sonho americano do self made man começa a tomar forma, a sociedade tenta voltar à normalidade escolhendo um caminho confortável e mediocre - vida "normal", trabalho, casa, família - surge, em contrapartida, um movimento de jovens inconformados, descontentes com as pressões sociais.
 Este movimento, associado ao jazz e ao bop nascido nos Estados Unidos em simultâneo, apelava então a uma vivência plena, longe da mediocridade social. Sem qualquer objectivo pré-definido, a vida era, para estes, entendida como uma vivência exaustiva e esgotamento de tudo. Se no início o beat poderia significar como adjectivo "vencido, destroçado, desiludido",  naqueles jovens ganha um novo significado (sem nunca deixar de lado a conotação original), passa a definir os apartados, os alienados da sociedade, aqueles que não fazem nem querem fazer parte daquele sistema social tão castrador e aparentemente "normal".
Assim, toda a obra de Jack Kerouac é pautada por esta alienação. A viagem rumo ao Sul de Dean, Sal e outros companheiros, por todos os Estados Unidos é, na verdade uma viagem rumo ao nada, isto é, é uma viagem sem rumo. Não interessa chegar, o mais importante é andar, estar constantemente on the road. Este constante movimento parece que serve para exorcizar um mal estar contínuo, mas este perdurará até ao fim do livro. Sal, o protagonista, tendo no fim optado por uma vida mais tranquila, sente quase inveja e melancolia quando vê o seu amigo Dean ainda com o pé na estrada. Assim, na América, quando o sol se põe e me sento no velho molhe desmoronado do rio a contemplar os céus infindáveis por cima de New Jersey e tenho a percepção de toda aquela terra bruta que rola num único bojo enorme e incrível até à costa Oeste, e toda aquela estrada a avançar, (...) penso em Dean Moriarty.
Assim, acabando o livro sem qualquer tipo de conclusão ou moralismo, o mau estar nevrático continua, o descontentamento parece aumentar, e vemos então que a geração beat ainda perdura, em todos os alienados, inconformistas e rebeldes, em todos aqueles que estão sempre on the road...



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