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Quais SEMENTES SE TORNAM ÁRVORES?
(Alvaro Cassiano)

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QUAIS SEMENTES SE TORNAM ÁRVORES?

    Albert Einstein, nos primeiros anos da escola, tinha tanta dificuldade de aprendizado que foi dado como aluno especial por seus mestres. Parecia não haver muita esperança para o garoto, até seu pai lhe dar de presente uma bússola. Enquanto não descobriu como funcionava a engenhoca, não desistiu de pesquisar. Esse súbito estímulo o fez passar toda a vida pesquisando, revolucionando a física e redirecionando todos os caminhos da ciência do século XX. Seria uma fatalidade imensurável se o gênio fosse uma vítima do despreparo dos educadores da época. 
    Nós, educadores e futuros educadores do século XXI, cercados por tanta tecnologia e conhecimentos de ponta, devemos refletir a todo o momento se estamos atendendo às necessidades dos educandos. Questionemos incansavelmente se estamos realmente cumprindo com a missão de formar cidadãos que receberão o mundo de nossas mãos.
    Parece que tudo em educação virou estatística. Uma escola com 99% de aproveitamento, na visão dos burocratas, é perfeita ou quase perfeita. Mas se analisarmos com consciência, esse aproveitamento estará longe do ideal. Qual professor, educador de verdade, não se sentiria mal em constatar que aquele um por cento poderá vir a sofrer muito por não saber o conteúdo ministrado? Por outro lado, em uma classe de alunos especiais, um aproveitamento menor do que 50% poderia ser interpretado pelos burocratas como ineficaz. Mas esses poucos alunos poderão ser inclusos no mercado de trabalho e ter uma vida digna, dependendo menos dos seus e das políticas de saúde. Enquanto isso, a escola forma cada vez mais e mais professores incapazes e desmotivados. Profissionais que, como os médicos, não podem falhar. 
    De professores que se dizem "de carreira" ainda ouvimos termos como: “dominar a classe”, “ferrar todo mundo”, “essa juventude está perdida”, entre outros tantos absurdos. Como falaremos em resilência sem criar um ambiente harmonioso, sadio e atraente para os jovens? Podemos trazer alunos para o lado “do bem”, como eles mesmos dizem, nos esforçando para entender sua forma de se expressar, de se vestir e mostrar-lhes que existe um mundo melhor, bem diferente do que ele vive. Já está mais do que na hora de trazer atividades que levantem o ânimo dessa juventude tão criticada, marginalizada, excluída e esquecida. De propiciar o contato desses jovens com as artes, os esportes com orientação, os diálogos construtivos, a franca e sincera interação entre professores, alunos, dirigentes e comunidade.
    A escola pode ser mudada e assim deve ser feito e parar de colocar em salas de aulas professores mal preparados, desmotivados, assustados e pouco, ou nem um pouco, preocupados com seus alunos, mas sim com o quinto dia útil do mês. Achando que o mundo não tem jeito, que os alunos não nos respeitam mais e não querem aprender. Toda a semente possui o germe que dará vida a árvore, muitos agentes poderão levar essa semente a não germinar. Um deles, talvez, pode ser a própria mão de quem a cultiva.

Álvaro Cassiano



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