Resumo de A Igualdade é Branca -

Karl é um polonês, que vive em
Paris, e passa por um processo de anulação de casamento solicitado por
Dominique, esposa, que o acusa de não consumar a união carnal. Karl tem o
casamento anulado pela justiça, perde a casa, o salão de cabeleireiro (a
profissão dele em Paris), o passaporte e tem a conta bancária bloqueada. Após,
invadir o salão, buscando um abrigo para passar a noite, é denunciado a polícia
por Dominique. Sem lugar, como um desterrado em nação estrangeira, o polonês
refugia-se no metrô, local onde encontra Nikolai, russo que propõe a Karl
assassinar um homem que pretende morrer. Karl recusa a proposta, e Nikolai o
convida a retornar para Varsóvia. Karl embarca para a sua pátria em uma mala, como
clandestino em sua terra natal. A mala é roubada no desembarque, e o polonês
acaba agredido pelos ladrões. Karl, mesmo depois da violência sofrida,
reencontra o irmão, a antiga profissão, e começa a trabalhar como segurança de
um mafioso. E consegue rever Nikolai – que confessa ser o homem que deseja
morrer. Karl o convence a desistir do plano, e inicia um projeto: compra lotes
de uma terra ambicionada pelo mafioso, as revende por um alto valor, em seguida
abre uma empresa, com Nikolai como sócio, expande o negócio e enriquece. Então,
Karl começa um plano de desforra contra Dominique. Amor e mágoa se misturam nos
atos que se sucedem. Karl forja a própria morte, e Dominique é implicada em seu
suposto assassinato.
Com “A Igualdade é Branca”, de
1993, segundo filme da sua trilogia das cores, Kieslowski mostra a Europa
dividida entre anseios e práticas políticas que inviabilizam a comunicação
direta e igualitária. A história de amor de Karl e Dominique é a metáfora das
relações sociais, que fala de vingança, paixão e justiça. O “branco” é a cor da
neutralidade obtida pela equidade de ações. Um tipo de justiça ambivalente, na
qual o amor e o ódio estão próximos, e buscam aquilo que lhes é mais apetecível;
um ato significativo que resvala na vingança (ou no castigo pelo amor
condicional), porém, reflete a tentativa de igualdade – pois está na esfera do
provável -, por expor o desejo de amar e ser compreendido.

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