Resumo de Mandatos e Mandaralhos, em plena democraCIA

A dependência econômica do Brasil em relação aos países desenvolvidos
vai diminuindo sensivelmente, porem os
traços da submissão profundamente marcados em nossa memória permanece vivo, não
como crime, não como castigo, não como destino nem como aviso, apenas a lembrança real da riqueza perdida no
Eldorado, entre Tamoios, pólvora e poemas escritos na areia.

A mão pesada do conquistador europeu traçou a trajetória
estúpida de nossa divida externa fato marcante da engenhosidade e astúcia
portuguesa nos sete mares do mundo.

Hoje esta caravela desgovernada em função dos anões do
orçamento precisa mais que um plano de aceleramento do crescimento (PAC) contra
a calmaria politicamente estagnada da América Latina é cada vez mais penalizada
e prematura, em suas escuras latrinas, de tortura de massa, ardilosamente
concebida. Enquanto o Brasil deixar
claro sua liderança e pujança, sem estratégia maior, apenas uma caravela oscilando
nas ondas do mercado da mais valia.

O Brasil com soluções de peso no campo energético e suas reservas de petróleo
em água profunda, são ancoras antigas, um
exemplo contra a crise econômica que em última análise é uma crise de
credibilidade, são quimeras e maremotos de mídia.

O mundo globalizado não apoiar golpes ou ditaduras o que está acontecendo em
Honduras é um sinal disso. O Brasil viver um grande momento de liberdade
democrática, uma vez que o México se transforma cada vez mais em apêndice da
economia americana falida. O Brasil faz acordo tecnológico com a França.
Não falo da democracia ditadura sorridente, falo de canibais sem cérebro, falo
de fantoche bóia-fria no inferno verde, de criança da cidade que comem cimento
e são devoradas por sua própria fome, desta doença sem perdão daqueles que
vivem abaixo da geometria do pão, gostaria que os governantes brasileiros
deveriam criar um plano de mais consenso com América Latina.
Falo contra os canhões de todas as leis da opressão, todos os decretos com seus
assassinatos, mandatos e mandaralhos, que paulatinamente fragmentam e submetem
a América Latina.
Precisamos reconquistar nossa regionalidade, nosso espaço socio-cultural
próprio, nossa vizinhança, semelhança, costume e hábitos.
Devemos ter em mente que a alma brasileira precisa voltar do
exílio no qual ela muitas vezes se colocou por conta própria, mesmo sem deixar
as fronteiras geográficas do país.
O povo brasileiro merece sua parcela de universalidade unida simultaneamente de
particularidade e circunstância nacionais, ciente de que esta circunstância
especial da nossa cultura, e particular propriedade do povo brasileiro é
preenche de universalidade a alma da nação brasileira. Assim, na relação
com os pensadores de outros contextos, assim como na relação com os pensadores
de outros tempos, o que deve prevalecer é o diálogo, o intercâmbio e não a
transposição erudita e auto-suficiente. Este diálogo é possível, apesar de
todas as particularidades, porque todas as circunstâncias são atravessadas pela
universalidade do humano temporal. Ser cidadão e a grande lição desta aldeia
global, com seus milhões de baluarte interligados em rede.

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