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O mal que é uma cura. ( Parte I )
(Luc Ramos)

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O Mal que é uma cura.. (Parte I)
Nós nos conhecemos em uma festa familiar. Trocamos olhares, opiniões, telefones e por fim ficamos juntos um ano e alguns meses.
Ela sempre deixou bem claro que não gostava da minha profissão, achava que a minha algema e o meu revolver eram objetos perigosos, e eu afirmava que até um osso de galinha seco é perigoso, depende o que se faz com ele e quem o está portando. Alem do mais, fazer o que? Eu sou um policial.
Apesar de sermos quarentões, eu com quarenta e dois e ela com quarenta, fazíamos amor tres vezes na semana. Amor...Sim, com muito apetite e satisfação plena para nos dois. Estávamos em ótima forma física.
Eu a amava e era correspondido, nosso amor na cama era sem limites e sem frescura. Amor forte, de macho e fêmea.
Bem, eu era funcionário do governo e ela também, eu um policial civil e ela professora em um Colégio em Campinas na área de Química.
Socialmente falando somos bem diferentes um do outro. Eu um filho de siciliano rústico, falo alto, sou briguento, estressado e pavio curto.
Ela, muita classe, boa educação, fala baixo, conhece etiquetas, e assim como eu, também divorciada. Na verdade, ele me acalma, põe meus nervos no lugar, sem trocadilho algum. Gosto muito dessa mulher.
Nos temos pretensão de morar juntos, mas por motivos profissionais não posso sair de S.Paulo da capital, sendo assim, sempre fazemos um sacrifício para nos vermos, já que ela mora lá em Campinas onde trabalha.
Às vezes ela vem para minha casa, noutras eu vou a casa dela, e assim vamos levando a vida.
Uma das muitas coisas que ela detesta na minha profissão são os telefonemas que recebo nas madrugadas, mesmo estando de folga, eu trabalho no setor dos Homicídios, sou chefe de uma equipe, já viu né?
Quantas vezes estamos dormindo gostoso, o meu telefona toca, e eu tenho que sair, o dever me chamando, ela continua em casa, agora sozinha. Ela fica arrasada com tudo isso.
Certa vez nos combinamos passar um final de semana na praia, em Bertioga, sexta, sábado e domingo. Aluguei um apartamento, numa pousada. Dezesseis horas, da sexta feira nos dois estávamos tomando caipirinha na praia, com os pés sendo beijados pela branca espuma do mar da orla da praia de Toque-Toque. Nessa noite fizemos um amor delicioso, a temperatura e o nível do mar, muito ajudam nas porfias sexuais. No sábado pela manhã, voltamos para a mesma praia. Estávamos tomando uma água de coco, quando ouvimos um grito de socorro, tinha pouca gente na praia naquele horário. Percebi que era alguém se afogando. Larguei meu chinelo ao lado dela e sai correndo, direção ao mar, pulei meia dúzia de ondas e mergulhei.
Depois de varias braçadas vislumbrei um braço sendo agitado, nadei até ele e consegui segurar no braço enquanto o corpo estava afundando. Outras pessoas me ajudaram e nadei trazendo um jovem rapaz, de uns dezoito anos de idade. Na praia, tentei tirar a água que ele tinha bebido, até boca a boca eu fiz, nada de reanimá-lo e com a chegada de um salva vidas que estava chegando cai na realidade que o rapaz estava morto. Todo o meu esforço para salva-lo tinha sido inútil. Infelizmente.
Fui até a delegacia local para fazer um depoimento, o rapaz não estava acompanhado e não era conhecido, de ninguém ali por perto.
Ela ficou na praia, atendendo a meu pedido, enquanto eu fui para a delegacia. Quando voltei, fomos almoçar, eu nada comi. Nem poderia.
Ela também ficou muito chateada. Fomos dormir, passamos à tarde na cama. Saímos à noite. Comemos uma pizza. Voltamos para a pousada. Lá se fora, o sábado.



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