BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


O mal que é uma cura (Parte II)
(LUC RAMOS)

Publicidade
O MAL QUE É UMA CURA  (PARTE II)
                                             (Luc Ramos)
  O domingo amanheceu chovendo, de comum acordo resolvemos subir a Serra. Chegamos na minha casa, comemos alguma coisa, ela fez um lanche frio, pegou o carro dela na minha garagem e foi embora para Campinas. Eu fui trabalhar, à noite, tinha que pagar um plantão.
Durante a semana pouco nos falamos, alguns emails, trocamos PPS, escrevi como sempre um ou dois poemas para ela. Na quarta feira ela me ligou antes do almoço, chorando a beça, dizia que achava melhor a gente dar um tempo no nosso relacionamento porque as coisas não estavam bem entre a gente.
-Sabe? Ela me disse:- Adoro você,mas, detesto a sua profissão.
Ouvi, me calei,concordei. Ficamos dois meses sem nos ver e sem conversar.
Continuei a minha vidinha, do serviço para casa, de casa para o serviço.
Não flertei, não namorei e nem peguei ninguém. Até o dia que ela me dissesse que não tínhamos mais um relacionamento eu seria um cara fiel. Sou assim, e não me arrependo. Numa tarde, tempos depois ela me ligou.
-Estou morrendo de saudades, quer me ver? Vem sábado, as 13 hrs. No shopping de Campinas, te espero ao lado dos caixas eletrônicos do Banco do Brasil. Achei ótimo, fiquei feliz. Seria daqui a dois dias. No dia marcado sai de casa pelo menos com duas horas de antecedência. Não queria dar nenhuma mancada. Na Rodovia Castelo Branco, logo após Sorocaba, um carro que ia na minha frente, desgovernou-se, o motorista perdeu a direção e o veiculo rolou um pequeno declive e capotou.
Parei no acostamento e desci correndo em direção ao veiculo acidentado. Logo vi um homem, jovem e com a cabeça raspada, todo ensangüentado, saindo do carro. Puxei ele pra fora. Ele me disse:- por favor, minha mulher e meu filhinho estão ainda lá dentro, tira eles de lá, por favor...
Sem titubear, sentei no chão, e meti os dois pés no vidro traze iro do Palio e consegui quebrar o vidro, tirei a criança, devia ter uns tres anos, estava em estado de choque. A mãe da criança, uma jovem loura e magra, estava desmaiada, ficou dificil para mim tira-la naquele estado de dentro do carro, mas, felizmente outros carros pararam ao ver o acidente e dois homens vieram me ajudar. Foi à conta de afastar-mos os tres ocupantes do automóvel para que ele pegasse fogo, talvez por causa da bateria, uma faísca, durante o capotamento o tanque de gasolina se rompeu, sei lá, foi um incêndio e tanto, mas, sem vitimas, graças a Deus eu contribui e muito para salva-las.
Chegou o resgate, uma viatura dos Bombeiros, as vitimas foram socorridas. De um modo geral todos estavam passando bem, dei a minha declaração de praxe e fui para o meu encontro em Campinas, só que agora eu estava atrasado meia hora.
Cheguei no estacionamento do shopping, até achar uma vaga para estacionar e entrar no dito cujo, consultei o meu relógio, estava exatamente sessenta minutos atrasado. Percebi uma grande movimentação perto dos caixas eletrônicos, onde tinha marcado encontro, quando cheguei mais perto, cercado por um cordão de isolamento humano estava a minha italianinha.
Ela estava sendo usada como refém por um tipo esquisito, com cara de drogado, usando um bonezinho e um trinta e oito apontado para ela. Dois seguranças do shopping, armados pediam para o marginal soltar a minha amada.
Ao me aproximar, puxei a minha carteira e mostrando o distintivo fiquei ao lado dos dois seguranças, e tomei a iniciativa de negociar a refém.
-Solta a moça, eu sou um policial, se rende e te dou garantias de vida.
-Vou soltar nada mano, deixa eu sair me arranja um carro e depois eu solto essa mulher na estrada.
-Vai levar nada, malandro, solta a moça senão nos vamos queimar você aqui mesmo. Quem disse isso foi o mal preparado do segurança patrimonial do shopping.
Não tive tempo nem de falar nada, o segundo segurança, deu um passo para o lado e o assaltante ficou apavorado, com a mão esquerda deu uma gravata na minha querida e com a direita apontou a arma para o segurança que distraiu a sua atenção. Foi o que eu precisava, sem pestanejar, atirei, ouvi gritos por todos os lados, a assistência do publico era total. A minha italianinha que já tinha me visto, correu para mim, e eu abracei-a com todo carinho. –Desculpe o atraso, minha querida.
–Esta perdoado meu amor, nunca fiquei tão feliz ao ver um policial como agora.
Com a chegada da policia que havia sido acionada, eu me identifiquei para o Delegado que acompanhava a viatura e fomos para a Delegacia de Campinas onde relatei o ocorrido, e depois de longas explicações eu e o meu amorzinho fomos liberados.
Já na rua, ela me beijando disse:- Sabe amor, cada pessoa tem a sua importância nesse mundo, e também pessoas boas e as más, e entre elas, os policiais também tem a sua importância, e todo cidadão precisa da policia, de uma forma ou de outra, não é mesmo?
Nem respondi, estava apenas querendo abraçá-la. Na verdade eu sempre soube que a policia era um mal necessário. FIM
-----------------------.



Resumos Relacionados


- Contos Eróticos De Traições...

- Uma Linda História De Amor! Eu Nem Acredito Que Estou Aqui Contando A

- O Mal Que é Uma Cura. ( Parte I )

- Viagem Ao Paraguay - Parte 10 , Ultima.

- Mom Sacrifice



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia