O Profeta
(Kalil Gibran)
Muitas são as formas de expor nossos anseios, nossas reflexões pessoais, porém uma encanta - devido a beleza e mistério que a envolvem - a Parábola. Modo singular que foi muito usada por Jesus, o Nazareno, o que permitiu que se eternizassem suas mensagens.
De igual modo, Gibran Khalil Gibran, em sua obra O Profeta, usa dessa rica forma de expressão, transformando uma verdade prática numa poesia revestida de símbolos cheios de vida e que emanam uma melodia acessível somente a ouvidos atentos e sensíveis.
Para enunciar a nobreza do trabalho, discorre desse modo: "Quando trabalhais, sois uma flauta através da qual o murmúrio das horas se transforma em melodia.
Quem de vós aceitaria ser um caniço mudo quando tudo o mais canta uníssono?"
Ao ler, sente-se a alegria de poder partilhar duma música universal, e o trabalho, que muitas vezes é visto como peso, dessa vez é percebido como dádiva concebida aos homens.
Precisamos entender que fazemos parte desse coro universal, porém também mantemos a individualidade, pois: "Assim como as cordas da lira são separadas e no entanto, vibram na mesma harmonia."
O princípio do matrimônio, Khalil sustenta a importância de sermos auto suficientes em relação ao outro, uma vez que "as colunas do templo erguem-se separadamente e o carvalho e o cipreste não crescem à sombra um do outro."
Ainda alude sobre a arte do partilhar o que a terra nos oferece:
"A vós, a terra oferece seus frutos, e nada vos faltará se somente souberdes como encher as mãos.
É trocando as dádivas da terra que encontrareis a abundância e sereis satisfeitos.
E contudo, a menos que a troca se faça no amor e na justiça, ela conduzirá uns à avidez e outros à fome."
Deste modo, somos guiados nesta obra a percorrer os caminhos ladrilhados de idéias preciosas, desvendando a verdade contida no âmago das parábolas.
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