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VELHO OU EXPERIENTE?
 
Esta semana recebi um e-mail de uma Empresa de RH com uma frase que diz : "Não discrimine os talentos humanos em função da idade; carreira não tem prazo de validade."
 
É bem isso que ando sentindo na pele, a discriminação por idade, e olhe, não sou uma idosa, tenho 47 anos de idade. Faltam ainda 7 anos para eu me aposentar pela nova Lei do INSS que aumentou o tempo de serviço necessário para a aposentadoria e estou fora do mercado de trabalho já há 2 anos.
 
É sabido que também a expectativa do tempo de vida do homem aumentou, segundo os avanços da medicina. Estou então, praticamente na metade minha vida.
 
E então? O que faço para viver esses 7 anos que ainda faltam para que eu possa me aposentar? Com qual dinheiro vou sobreviver até lá? O que a sociedade está fazendo consigo própria? Criando seres socialmente excluídos, que sofrem toda a sorte de viver a amargura do desemprego, que trás junto de si, além das dificuldades de ordem financeira - o empobrecimento progressivo, o abalo à auto-estima, o desespero propriamente dito.
 
Vemos tantos atores, cantores, compositores, escritores, políticos, professores, médicos, cientistas, advogados, pesquisadores, jornalistas e tantos outros profissionais que brilham, no alto de seus 60, 70 e até 90 anos de vida, em suas respectivas profissões. Por que o estrelismo, justamente dos segmentos dos profissionais que não são vivem no mundo da fama, em discriminar o mais velho sendo que o próprio também se verá nesta triste condição amanhã?
 
Sou divorciada, tudo que tenho é uma mãe que depende parcialmente de mim para viver também. Minha filha é casada e sustenta a si e seus estudos, não pode nos ajudar... Minha saúde está perfeita, segundo exames realizados recentemente. Minha vida, hoje mais estável do que na minha juventude, me permite maior dedicação ao meu desenvolvimento e ao trabalho propriamente dito. Então, por que não já não atendo mais os requisitos de um cargo na minha área?
 
Senhores empresários, senhores administradores de pessoas, gerentes, supervisores, gestores, políticos, hunters, religiosos, precisamos mudar este triste quadro. Nosso país precisa desenvolver um processo de humanização. Produzir e enriquecer sim, mas não em detrimento ao desprezo pelo ser humano que já desde o início da própria história, clama por respeito, valorização, qualidade de vida, e um pouco mais de felicidade.
 
Marta Rodrigues Silveira
Administradora de Empresa
20 anos de atuação na Área de Atuação em Recursos Humanos
16 de março de 2009.



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