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D. Pedro II e o Jornalista Koseritz
(Regina Gonçalves; Regis Lima de Almeida Rosa)

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A história se desenrola no Brasil por volta do ano de 1870, época do Brasil da monarquia. Fatos históricos, principalmente dos livros e relatos do jornalista e imigrante alemão Karl Von Koseritz, compõem uma razoável bibliografia que serviu de base para a elaboração do livro e dão coerência à ficção, simbolizada no personagem Caio Zip, jovem da nossa época e viajante do tempo. O toque de ficção dado pelos autores com a presença de Caio, ao contrário do que possa parecer, apenas leva o leitor à reflexão ao relacionar alguns "vícios e estilos" centenários da política brasileira que resistiram ao tempo e permanecem presentes nos dias de hoje. A interferência do personagem apenas valoriza o roteiro e enriquece as comparações históricas. As descrições detalhadas da Rua do Ouvidor, da casa da Moeda e de outros lugares históricos aliados aos costumes da época nos situam no tempo, fazendo com que o desenrolar dos diálogos ganhem a necessária dose de realidade para nos unirmos empaticamente à viagem de Caio Zip.

Os temas abordados envolvem a luta abolicionista; preconceitos em relação aos negros e à liberdade da mulher; parcialidade da imprensa; influências do poder político; secas no nordeste, entre outros, sempre com diálogos baseados em fatos e personagens históricas reais. Figuras famosas como Chiquinha Gonzaga, Machado de Assis, Cruz e Souza, Rui Barbosa entre outros coadjuvantes, além, lógico, do personagem central, o monarca D. Pedro II estão presentes nesses diálogos.

D. Pedro II talvez tenha sido o maior republicano que o Brasil já teve. Muito culto, seus conceitos sobre a necessidade de uma justa distribuição das riquezas nacionais entre as regiões (estados), suas atitudes democráticas, sua tolerância e sensibilidade em relação às necessidades da população reforçam esta afirmação. O período D. Pedro II foi marcado pela simplicidade e abdicação do luxo normalmente presente no sistema monárquico.

Todas as lutas para a troca de governantes ou sistemas de governo alimentam desejos, provocando certa euforia na expectativa de mudanças. Entre esses desejos, a eliminação de todos os vestígios que representam o "antigo" são prioridades para que essas mudanças sejam sinalizadas e percebidas. Com a proclamação da República, o total afastamento de D. Pedro II certamente levou em consideração essas necessidades palpáveis de mudanças que, de certa maneira, injustiçaram o seu valoroso passado.



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