Velocidade X Traumatismo
(Dr. Luiz Alcides Manreza)
Acessórios de segurança como cinto, airbag e capacete minimizam os danos em acidentes, mas são cada vez menos eficazes à medida que o velocímetro avança. Dependendo da velocidade do veículo, uma freada brusca pode ser mais fatal do que uma colisão. Existem dois tipos de trauma no crânio: por impacto e por mudança de estado de movimento, sendo este último o mais perigoso. Se alguém sofrer uma batida forte na cabeça enquanto estiver parado, é possível que mesmo havendo alguma dano ao crânio seu cérebro continue intacto e a pessoa permaneça consciente. Por outro lado, se a pessoa estiver em movimento e esse movimento sofrer uma alteração brusca, como quando um pugilista é atingido na cabeça pela luva do outro boxeador, a pessoa pode até entrar em coma sem lesões externas. Isso porque, no segundo caso, a pessoa sofreu uma grande mudança de estado de movimento e, nessas situações o cérebro pode sofrer cisalhamento, ou seja, suas diversas camadas deslizam sobre as outras e se rompem. Por isso no trânsito é tão essencial obedecer aos limites de velocidade. No caso de um motociclista, por exemplo, acima de 80 km/h o capacete pouco protege o cérebro em caso de desacelerações bruscas.
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