Substitutos (SURROGATES)
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Os substitutos foram máquinas robôs que podiam ser projetadas no formato idêntico ao seu operador humano com a finalidade de permitir que os seres humanos pudessem interagir sem os riscos da vida do cotidiano, tais como dor, feridas, perigo, crimes, etc. Em um tempo futuro (2054) os homens passaram a viver através de andróides.
Foi com a finalidade de diminuir delitos contra a vida que os substitutos foram desenhados por seu criador, Canter.
A crítica dura que o filme baseado na criação de por Robert Venditti e Brett Weldele consiste no fato de que a cada dia mais as relações humanas tem sido travadas virtualmente anulando-se o toque, a interação real, o tato. Mesmo que se acredite poder se experimentar tais situações por estímulos nervosos o filme vem dizer que na realidade essa é uma falsa experiência que jamais poderá ser comparada às relações cara-a-cara.
A trama envolve um agente do FBI, Tom, que junto com sua parceira, Peters, encontram o corpo de um dos substitutos sem os globos oculares. Seguindo nas investigações constata-se que a máquina estava sem chip, mas tratava-se da cópia do filho do criador dos substitutos, que fora atingido na mesma hora que seu andróide.O criador, Canter fora presidente da Virtual Self, empresa responsável pelos robôs e sua tecnologia, mas afastado há 7 anos do cargo.
A sociedade com o advento dos substitutos restou dividida entre os a favor, e os contra, havendo pólos onde o uso de substitutos foi proibido.
Tom então aparece cansado ao sair da cadeira que o coloca em uso de seu substituto. Passa a trama toda tentando se reconectar à sua esposa, que ao contrário dele, não aceita mais seu corpo de carne, se entope de remédios, provavelmente anti-depressivos, para aniquilar as dores do passado, incluindo a perda de seu filho.
Durante as investigações Tom Greer, interpretado pelo ator Bruce Willis, tem seu andróide atingido e por milagre não morre como os andróides atingidos pela arma mortífera. É então forçado a investigar secretamente, já que fica impedido de conseguir novo andróide pelo seu superior, na sua forma humana.
Sua esposa foge o quanto pode de estar com ele por outro meio que não o de seu substituto. Mas fica claro sua repulsa pela vida através do corpo humano, já que não aceita que o corpo do marido sofreu machucados e sangra.
Ao fim descobre-se que o chefe de Tom está envolvido com os responsáveis pela morte dos robôs que atingia inclusive os operadores por estímulo alto provocado ao robô e ao operador simultaneamente. Na verdade ele está procurando é paralisar Canter que pretendia extinguir com os andróides sem possibilidade de recuperação.
Tudo fora tramado pelo criador dos substitutos que considera a perda de seu filho um mal necessário para por fim às máquinas que levaram a deturpação das relações humanas. Tom descobre inclusive vários robôs de faces diferentes, na casa de Canter, que serviam para disfarçar a sua atuação sem ser descoberto. Entretanto a polícia descobriu e tentou paralisa-lo, contudo sem grande sucesso. É nessa hora que Tom consegue tomar pé da situação, salvar os operadores, mas quando tem a chance de salvar os substitutos decide que todos pereçam. Para Tom era uma escravidão a vida vivida através das máquinas.
Somente com a extinção das máquinas, já que não fica claro que as mesmas eram passíveis de recuperação, é que os operadores se dão ao luxo de sair das suas casas encontrando um mar de robôs e carros desgovernados pelas ruas. E é assim que Tom consegue se reconectar com a esposa.
O filme traz uma crítica severa e muito real. Nos dias atuais crescem as situações em que o homem se enclausura em sua residência passando horas em salas de bate-papo, meios de conversa instantânea e atividades que exijam dedicação por horas, em uma vida, que já não é a real, onde os seres respiram oxigênio, mas uma outra, em que se cria um eu agradável para interagir. Mente-se sobre o que é real e vive-se uma vida fingida, por medo de encarar um outro humano com sensações e ações palpáveis.
Vale a pena conferir o filme! Ele não só leva a reflexão de valores e como gastamos nosso tempo, mas o quanto isso pode interferir nas futuras gerações.
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