BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


Fábulas - O LAVRADOR E A ÁRVORE SEM FRUTOS
(Esopo)

Publicidade
Que faria você? O Lavrador pegou o machado e foi lá. Que será que ele queria plantar no lugar da árvore que não dava frutos? Plantaria trigo para vender aos romanos? Ou seria capim para criar bois? Bateu o machado contra o tronco. Ecoou o ruído por toda a redondeza. Passarinhos, cigarras, borboletas e mais alguns serzinhos da Natureza que ali se abrigavam, em coro imploraram: "Por favor! Preserve nosso abrigo, nossa sagrada sombra, nosso salão de festas, nossa fonte de oxigênio e de mil secreções das folhas, dos galhos, da casca e dos seus parasitas!" Mas, o Lavrador nem quis ouvir. Na segunda pancada já foram as outras árvores e as ervinhas do chão que choravam e imploravam: "Que será de nós sem nossa grande irmã de tantas primaveras?" Na terceira machadada a lâmina da ferramenta entrou mais no tronco e voltou de um vazio toda lambuzada de mel. Havia dentro do tronco oco um enxame de abelhas cheio de mel. Pela fenda aberta colheu os favos de mel, gostou e ficou feliz. Por isso mesmo preservou a árvore. Por isso mesmo as abelhas vieram agradecer o espaço que ficou sem os favos, pois ali podiam continuar trazendo o mel que sobrava das flores da região. Até a chegada do Lavrador elas estavam tristes por não ter onde por tanto mel. Como é mesmo? É isso, sim! As abelhas têm outro conceito de trabalho e de armazéns cheios que os homens desconhecem... Por isso também a Natureza toda cantou feliz na voz das cigarras novamente. Por causa do mel o Lavrador tratou da árvore como coisa sagrada dali em diante, esquecendo que havia querido derrubá-la porque nunca dava frutos. ANÁLISE - Pois é, Esopo não estendeu tanto a parábola, contando somente o arcabouço do raciocínio. Não deu também nenhuma conclusão moral. Pelo jeito, para o seu tempo isso já fosse suficiente. Bastava então mostrar que todas as coisas possuem sua utilidade no equilíbrio da Terra. Os insossos tradutores concluem que ninguém hoje respeita o que é justo e somente o que lhes dá vantagens, comportando-se como o Lavrador que só preservou a árvore porque achou o mel. E você? Concorda com os passarinhos? Concorda com as abelhas desinteressadas laboriosas, autômatos operosos da Natureza? Ou com o Lavrador interesseiro? Ou com a crítica dos narradores? Ou ainda você vê um outro argumento diferente de Esopo para convencer aos leitores para preservar a Natureza? CONCLUSÃO - Cada fábula de Esopo abre um horizonte ilimitado de entendimentos dos fatos humanos. Ler é o segredo. Ah! Se todos soubessem ler o que está nos livros das coisas, nas lendas do passado, nos textos da Bíblia, no vôo dos colibris, no perfume das flores, no canto das cigarras e dos passarinhos, no colorido das flores, no marulhar das águas, no farfalhar das folhas, no silêncio do alto das montanhas... Todos então seriam sábios e o mundo seria o que todos sonhamos - Um Paraíso que está aí e nem vemos! Mas ninguém sabe ler... Que pena! Especialmente quando quem não sabe ler se apodera dos governos dos povos e das nações...



Resumos Relacionados


- O Apicultor, A Abelha E Os LadrÕes De Mel-fábulas

- O Urso E As Abelhas - FÁbulas

- O Lavrador E Os CÃes No Mau Tempo - FÁbulas

- O Lavrador E As Juritis

- Zeus E O FerrÃo Das Abelhas - Mitos E Lendas



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia