O Estado de Sao Paolo
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Estava eu como de costume, navengando nas decisões do Tribunal da Cidadania, ou ao menos deveria ser Cidadã, quando vi a réplica de reportagem do Estado de São Paulo, louvando o estimado Presidente da Corte Superior.
Louvado sim, pois galgou cada degrau necessário para ocupar a posição de hoje.
Ocorre que na leitura senti verdadeiro repúdio e tristeza, não pela pessoa, mas pela maneira como belas palavras distorcem a realidade dos fatos.
Eis o que eu, modesta jurista penso, a respeito da leitura dos fatos que têm se dado na operação Castelo de Areia, face a manifestação do nobre magistrado:
Em que pese todo o dissabor que aparentemente sofreu o Presidente do STJ, me pasma que apenas se evoquem e aclamem as liberdades públicas e garantias fundamentais, quando se trata de Grandes Conglomerados Econômicos, tais como a empresa Camargo Côrreia.
Fico pensando se acaso, um pé de chinelo e laranja de grande operação criminosa receberia o mesmo tratamento, ou ainda homens de bem estelionatados por raças indesejáveis da sociedade e que servem para alimentar doleiros, organizações criminosas, dentre outros.
Sou jurista sim, e amo o que faço. Mas infelizmente no Brasil e em qualquer canto deste mundo, inclusive atravessando continentes, há sempre dois pesos e duas medidas.
Será que estamos indo pelo verdadeiro caminho?
É fácil alegar ilicitude da prova, quando é a prova cabal de fato típico.
É fácil levantar a bandeira do constitucionalismo, quando o lixo se amontoa em nossa porta.
O que estamos fazendo na verdade?
Aonde está a aula de direito, se esta só serviu para afundar as verdadeiras razões que balizam nossa sociedade? O criminoso permanece nas ruas, e o cidadão de bem à deriva da sociedade.
Pessoas inocentes são incriminadas todos os dias para acobertar homens com dinheiro. Além de serem incriminadas, tem sua vida assolada, e seu pequeno patrimônio liquidado em nome da justiça! De que tipo de sociedade estamos falando? Que beneficia o verdadeiro culpado, e enxovalha o inocente? E isso porque bons advogados encontram “brechas” para beneficiar o criminoso?
Me envergonha... me entristece... mas não perco as esperanças! Jamais! Posso não consertar o mundo, mas ainda o ajudo a encontrar o caminho...
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