Como o coaching funciona?
(Joseph O'Connor; Andrea Lages)
“O inimigo da mudança é a inércia e a inércia vem dos hábitos”. Esta é apenas uma das muitas frases que nos fazem parar para pensar, durante a leitura de How Coaching works (Como Funciona o Coaching).
Trata-se de um excelente livro que deve ser lido por coaches e aspirantes a coach e também por pessoas que se interessam por contratar serviços de coaching para funcionários em suas empresas ou para elas próprias.
O livro apresenta, de forma abrangente e em uma escrita fluente, temas e princípios do coaching.
Joseph O’Connor e Andrea Lages realizaram um amplo e admirável trabalho de pesquisa abrangendo não apenas a história, mas a base do funcionamento de diversas linhas de coaching e revelam um conjunto de ideias que poderiam ser denominadas “a base do coaching”, pois são compartilhadas pelas diversas linhas apresentadas.
Dividido em quatro partes, o livro é considerado pelos autores como uma história de sua investigação pela alma do coaching. O que me chamou a atenção é que o termo usado em inglês para descrever essa investigação (quest), também pode, na língua portuguesa, ser traduzido por expedição.
Foi assim que me senti ao ler: em plena expedição de descoberta.
Na primeira parte, é possível conhecer a história do coaching, suas raízes e também a origem do termo, sem tradução e de definição nem sempre sucinta.
Por esse motivo, ao explicar o que é coaching, os escritores apresentam citações de diversos autores que já realizaram algum esforço de definição. De todas elas, a que mais me atraiu foi a citação de John Whitmore “... coaching é o desbloqueio do potencial de uma pessoa para maximizar o seu próprio desempenho. É sobre ajudar a aprender, mais do que ensinar”.
Andrea e Joseph fazem ali mais do que citar, porém, apresentam os quatro elementos importantes no coaching: mudança, preocupação (ou o interesse do cliente), relacionamento e aprendizado.
Ciente de que esses são importantes elementos do coaching e embasado de todo o histórico da área, o leitor pode então prosseguir para a segunda parte do livro e enriquecer-se com informações sobre diferentes modelos de atuação nessa área.
Essa parte do livro é rica em informações de alto interesse e é visível que a pesquisa realizada representou um trabalho intenso, de grande dedicação. A bibliografia citada é extremamente atraente e os autores a apresentam com generosidade, apontando diversos caminhos para que o leitor que queira se aprofundar em qualquer um dos temas possa seguir, sem ter que repetir os mesmos passos de pesquisa que, com certeza, demandaram muito tempo para serem executados.
O livro não ensina como ser coach, mas enriquece sobremaneira a visão e o arcabouço de conhecimentos daquele que deseja sê-lo.
Para o leitor que deseja se informar e decidir que linha de serviços contratar o livro também é de grande auxílio, pois permite uma visão ampla de como coaches atuam e com que objetivos em cada uma das linhas apresentadas.
Ainda, ao longo da parte dois do livro e à medida que os autores apresentam as bases de cada uma das metodologias analisadas, eles facilitam a vida do leitor por meio de um estudo de caso único, cuja situação do cliente é considerada sob cada uma das metodologias. Esse estudo de caso possibilita ao leitor fixar alguns conceitos e visualizar as diferenças relativas aos métodos.
Porém, se existem diferenças, existem também semelhanças, e após a apresentação das diversas metodologias Joseph e Andrea discorrerem sobre o que consideram ser o núcleo do coaching. Pontos comuns a todas as metodologias que podem ser considerados como o modelo núcleo, denominado pelos autores de Modelo Integrado, ou o “coração do coaching”.
A terceira parte do livro tem como objetivo responder a questão “Como nós decidimos se o coaching é bem sucedido?”.
Além de responder essa questão para o coaching de vida (life coaching) e para o coaching de negócios (business coaching), chegando até a esboçar um cálculo de ROI (retorno sobre o investimento), os autores também introduzem novas ideias a respeito dos aspectos de desenvolvimento e de pós-modernismo relacionados ao coaching, considerando diversas questões que influenciam o atual momento, tais como gênero, aspectos culturais e outros. Por fim, na quarta parte, Joseph e Andrea apresentam sua visão sobre o futuro do coaching. Sobre essa não vou escrever nada aqui, além da citação com que abri essa resenha. Afinal, se leu a resenha de lá até cá, penso que você se qualifica como um excelente potencial leitor do livro. Descubra lá e curta sua leitura!
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