A Morte
(Pedro Bial)
Senti como se fosse um bálsamo quando li o artigo de Pedro Bial sobre a morte de Bussunda.
É incrível como todos sentimos uma dormência ao saber da morte de um conhecido, desconhecido, amigo ou ente querido.
A morte nos pega sempre a caminho de algo, a acabar de fazer algo ...nos obriga a parar, nos obriga a refletir sobre um fato que não queremos encarar, ver ou sentir: a impotência do homem mediante uma verdade crua que se impõe materialmente e requer medidas práticas, urgentes e legais.No que se refere tanto à prática qaunto à urgência, nós, de uma voraz sociedade capitalista, estamos até habituados. O imediatismo de resultados na empresa, na vida, na família...mas vem a morte e diz:-Ei, espere um pouco. Há quanto tempo você não o via ou visitava? E aquele ali que você nem conhece, está vendo?Ele era mais novo do que você!
A vida te sacode para que você dê a ela o seu devido valor.
Depois de todas as cerimônias ou até mesmo da papelada, você retorna a sua vida. Pouco a pouco, o torpor vai passando, você volta a calcar firme seu passo em direção ao trabalho, ao mercado, ao clube, ao cinema ...quando percebe, já está correndo, sem pensar mais na fatalidade que a morte impõe a todos aqueles que vivem...
O tempo escoa rapidamente no ir e vir das atividades diárias e logo, outra notíca, outro torpor, outro medo....mas sabe de uma coisa? Você vai esquecer vida e morte. Apaga a luz e vai dormir cedo para trabalhar no dia seguinte...
Profª e Psicanalista Marlene Fulgeri
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