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Dor MUSCULAR
(Paulo Rachell)

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                                                    O QUE É A DOR?
 
A dor é um mecanismo de proteção ativado diante da possibilidade de ocorrência, ou após o aparecimento, de lesões, e faz com que o indivíduo reaja para remover o estímulo álgico (de dor). Os receptores da dor são terminações nervosas livres suscetíveis a estímulos mecânicos, térmicos e químicos.
 
Uma dor temporária (dor aguda) pode persistir por várias horas imediatamente após um exercício extraordinário, enquanto uma dor residual (dor crônica), ou dor muscular de início tardio (DMIT), pode aparecer a seguir e durar por 2 a 4 dias. 

                                             POSSÍVEIS CAUSAS DA DOR

A causa exata da dor muscular é de início desconhecida. No entanto, segundo Foss (2000), foram levantadas três teorias diferentes:
 
- Teoria da Ruptura (laceração) Tecidual. Essa teoria propõe que o dano tecidual, como ruptura (lacerações minúsculas) de fibras musculares, ou dano de seus componentes contráteis, pode explicar a mialgia (dor muscular);
 
- Teoria do Espasmo. Nesta teoria, são sugeridos três estágios de ação: (a) o exercício produz isquemia dentro dos músculos ativos; (b) a isquemia resulta acúmulo de uma "substância dolorosa" desconhecida que estimula as terminações nervosas do músculo responsáveis pela percepção da dor; e (c) a dor desencadeia um espasmo muscular reflexo que causa mais isquemia, e o ciclo todo se repete;
 
- Teoria do Tecido Conjuntivo. Essa teoria sugere que os tecidos conjuntivos, incluindo os tendões, são lesados durante a contração, causando assim dor muscular. Convém lembrar que, durante as contrações excêntricas, o músculo alonga-se sob tensão, distendendo assim os elementos do tecido conjuntivo associados tanto aos tendões quanto às fibras musculares;
 
Já McArdle (1998), cita as três teorias de Foss e complementa com mais três:

- Alterações na pressão osmótica que causam retenção de líquidos nos tecidos circundantes;
 
- Alteração no mecanismo celular para a regulação do cálcio; ou seja, as alterações no pH, nos níveis dos fosfatos de alta energia, no equilíbrio iônico ou na temperatura observadas com um exercício incomum podem produzir grandes alterações na estrutura e função do retículo sarcoplasmático. Isso resulta em uma depressão no ritmo de captação de Ca2+ assim como em sua velocidade de liberação, produzindo um aumento na concentração de Ca2+ livre quando penetra rapidamente no citosol das fibras lesadas. Essa sobrecarga de Ca2+ intracelular pode contribuir para o processo autolítico, que degrada as estruturas com e sem potencial contrátil dentro do músculo lesado. Isso é responsável por uma redução na capacidade de produzir força e por uma eventual dor muscular;

 causa exata da dor muscular é desconhecida, porém o grau de desconforto depende em grande parte da intensidade e duração do esforço e do tipo de exercício realizado. Não é a força muscular absoluta propriamente dita, mas sim a magnitude da sobrecarga ativa imposta a uma fibra muscular que desencadeia o dano muscular e a dor resultante 
                     
                                 DOR DURANTE OS EXERCÍCIOS (DOR AGUDA)

Este tipo de dor muscular aguda que, como o nome indica, ocorre durante e imediatamente após o período de exercício, é considerado como associado à falta de um fluxo sanguíneo suficiente (isquemia) para os músculos ativos.
 
Segundo Foss (2000), com base em estudos, chegou-se às seguintes conclusões acerca da dor muscular aguda:
- A dor muscular durante as contrações ocorre quando a tensão gerada é suficientemente intensa para gerar oclusão do fluxo sanguíneo para os músculos ativos (isquemia).   
- Por causa da isquemia, os produtos da atividade metabólica, tipo ácido lático e potássio, não podem ser removidos e, dessa forma, acumulam-se até o ponto de estimularem os receptores dolorosos localizados nos músculos.
- A dor persiste até que seja reduzida a intensidade da contração ou que esta cesse totalmente - restaurando o fluxo sanguíneo e fazendo com que os produtos metabólicos de desgaste possam ser removidos.

A queimação percebida durante a execução do exercício, principalmente com repetições elevadas, é relacionada à falta de oxigênio e conseqüente queda de pH, pois o acúmulo de íons de hidrogênio provoca acidose e estimula os receptores de dor, os quais sinalizam para a interrupção do exercício antes que ocorram lesões no tecido muscular. Mas este mecanismo é transitório e não responde pela dor muscular tardia, pois a acidose é rapidamente revertida por um sistema de tamponamento que trabalha para manter o pH dentro dos limites fisiológicos.
 
A dor aguda, embora possa importunar, não constitui um grande problema, pois é de curta duração e desaparece quando se suspende o exercício. O problema mais sério é a dor muscular de início tardio (DMIT), que é a dor e mialgia que ocorrem num período de 24 a 48 horas após o término das sessões de exercícios, podendo ser estender por ainda mais tempo.

                                    DOR MUSCULAR TARDIA (DOR CRÔNICA)

As experiências destinadas a induzir a dor muscular tardia constataram que o grau de DMIT (dor muscular de início tardio) está relacionado ao tipo de contração muscular realizada. Em estudo utilizando contrações isotônicas, concêntricas e excêntricas, e isométricas, constatou-se que a dor muscular (mialgia) era mais pronunciada após as contrações excêntricas e menos intensa após as contrações isotônicas. A dor observada após as contrações isométricas era apenas ligeiramente maior que após as contrações isotônicas, porém, ainda eram consideravelmente menor àquela observada após as contrações excêntricas. Além disso, em todos os casos, a dor era demorada, podendo atingir um período de 24 a 48 horas após o exercício.



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